Tino Marcos pede licença não remunerada da Globo até o fim do ano e só volta em 2020
Informação foi divulgada pelo UOL e confirmada pela emissora. Segundo o site, Marcos quer descansar. Globo enfrente a saída de outros profissionais do ramo de jornalismo desde o início do ano
O repórter esportivo Tino Marcos, 57 pediu licença não remunerada de seis meses da Globo e só voltará ao ar em janeiro de 2020. A informação foi divulgada pelo UOL e confirmada pela emissora. Segundo o site, Marcos quer descansar.
Ao longo de três décadas de coberturas com a seleção brasileira de futebol, o jornalista trabalhou em oito Copas do Mundo. Em julho, ele foi o principal nome da reportagem da emissora na Copa América, competição conquistada pelo Brasil.
“Sempre festejei as convocações para as grandes coberturas. Mesmo que me dissessem que era normal ver meu nome, eu sempre desfrutei do momento de me ver na lista”, disse ele em entrevista recente à Folha de S.Paulo.
Na mesma reportagem, Marcos também se mostrou muito consciente de que, um dia, tudo pode acabar, que ele pode mudar de função ou mesmo cobrir outros eventos. “Sempre penso no aqui e agora. Renovo permanentemente um alerta em mim: um dia acaba, tudo passa. Para não me apegar nem sofrer quando deixar essa atividade. Como disse, o que prevalece é a gratidão. Pelo espaço, pelo reconhecimento nesses anos todos. Eu me doei muito e ainda me dedico de corpo e alma. E trabalho em uma equipe maravilhosa, com astral e respeito lá em cima. Só posso dizer muito obrigado”, diz Marcos.
Além dele, Marcos Uchôa, outro nome conhecido do jornalismo da Globo, também pediu licença da emissora até janeiro de 2020. No programa “Redação SporTV”, de segunda (15), ele disse que quer ficar mais tempo com a família. “Quero mais tempo com minha família, minha mãe e meus filhos que moram fora. Já fiz isso antes e acho que essa é a explicação, o que é curioso é a discussão sobre a informação”, afirmou.
DEBANDADA
Desde o início do ano, vários jornalistas deixaram a Globo. No jornalismo esportivo, a demissão de Mauro Naves, que estava na emissora há 31 anos, gerou grande repercussão. A sua saída aconteceu após ele se envolver em uma polêmica com o jogador Neymar.
Em junho, Naves foi afastado do trabalho, segundo a Globo, por ter passado o contato do pai de Neymar a José Edgard Bueno, advogado que trabalhava para Najila Trindade. Ela afirma ter sigo agredida e estuprada pelo jogador do Paris Saint-Germain. Neymar nega, e o caso é investigado pela Polícia Civil.
Na ocasião do afastamento, a Globo afirmou que, “em sua defesa, o jornalista disse que se limitou a repassar os contatos do pai do Neymar para o advogado, a quem já conhecia, porque esperava obter a história com exclusividade –e que quando o assunto se tornou público, avaliou que sua participação não teria relevância.”
Ivan Moré também enfrenta uma situação delicada na emissora. Depois de ser substituído como apresentador do Globo Esporte São Paulo por Felipe Andreoli, Moré está fora do ar e chegou a negociar a sua ida para a Record, mas que ainda não foi efetivada.
Também deixaram a emissora em julho, mas por vontade própria, os jornalistas Phelipe Siani e Mari Palma. Além deles, Fernando Rocha e Mariana Ferrão saíram da Globo no início do ano após decisão da Globo de transformar o programa Bem Estar, que ambos apresentavam, em um quadro dentro do programa Fátima Bernardes.