Tite encerra preparação da seleção no Brasil agradecendo carinho da torcida
O Brasil volta à campo nesta terça-feira (29), às 20h30, para duelar contra a Bolívia, em La Paz
A seleção brasileira encerrou na manhã desta segunda-feira (28) seu período de oito dias no País, etapa que incluiu treinos na Granja Comary, em Teresópolis, e a partida com o Chile, no Maracanã. E, a julgar pelos discursos de jogadores e da comissão técnica, o período foi “inesquecível” pelo carinho demonstrado pela torcida tanto durante os treinos, quanto no jogo disputado no Rio.
“É sim um momento de carinho… Fica uma expectativa muito grande em relação ao último jogo no Maracanã, tudo aquilo que foi bonito de desempenho, de calor humano, futebol bonito, resultado, respeito ao adversário. Teve uma grandeza grande nesse aspecto. E procuro sempre olhar o próximo passo, o próximo dia, senão a adrenalina te consome”, disse o técnico Tite, na última entrevista concedida na Granja Comary, em Teresópolis.
Dois aspectos foram fundamentais para a sensação de acolhimento que andava em falta com a seleção brasileira. Um deles é a campanha incontestável nas Eliminatórias, em que o Brasil lidera, de maneira invicta, com o melhor ataque e a melhor defesa. O outro foi uma maior abertura da seleção ao seu Centro de Treinamentos.
Apesar de essa abertura ter se limitado a familiares de jogadores e a ações de patrocinadores – empresas como Cimed, Kavak e Fiat puderam levar convidados para assistir alguns treinos -, os dias na Granja foram de convívio mais livre do que aquele visto em outras épocas.
A imprensa, por exemplo, pôde acompanhar os treinos na Granja na íntegra – houve apenas o pedido para que algumas jogadas ensaiadas não fossem registradas. Jogadores e comissão técnica também se mostraram solícitos para autógrafos, selfies e conversas com torcedores ao final das atividades, o que era incomum num passado não muito distante.
Após o treino de domingo à tarde, o próprio Tite se juntou à festa dos torcedores. Depois, em entrevista coletiva, voltou a destacar a importância que vê no “calor humano”. “Tento fazer o meu melhor nessa construção de trabalho o dia a dia. Esse carinho do torcedor e dos familiares… Vou fazer uma inconfidência: no Mundial do Japão eu estava uma pilha, sabe? Aí fui para o quarto, estavam meus dois filhos e eu pedi: ‘por favor, faz um sanduíche pro pai aqui’. Aí fiquei com a Gabriele num abraço na frente, Matheus e Rose atrás, me deixa só ficar quieto aqui para ter força e fazer meu melhor trabalho. Essas construções humanas, de família, das pessoas que estão perto e vivem o dia a dia conosco, nos energizam.”