Torcedora do Grêmio que ofendeu goleiro do Santos é atacada na web e afastada de emprego
Patrícia Moreira foi flagrada chamando goleiro Aranha de macaco
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A torcedora do Grêmio que foi flagrada por câmeras do canal de televisão ESPN Brasil chamando o goleiro Aranha de “macaco” durante a derrota para o Santos por 2 a 0, na última quinta-feira, em Porto Alegre, apagou suas redes sociais após sofrer uma enxurrada de ofensas e xingamentos virtuais.
Na página do Instagram da jovem, era possível ver inúmeros internautas chamando-a de racista, além de termos como “vadia” e “vagabunda”. Ela ainda sofreu consequências no tabalho.
Patrícia Moreira deletou seu perfil no Facebook apenas meia hora após a partida, e a página de Instagram também não durou muito tempo no ar. Em uma foto onde ela aparece vestindo a camisa do Grêmio e falando de sua paixão pelo time gaúcho, um internauta questionou: “e esse preto na sua camisa?”.
Durante a partida entre Santos e Grêmio pela Copa do Brasil, Aranha foi alvo de abusos racistas por parte da torcida tricolor que estava atrás do gol.
O Grêmio emitiu nota oficial afirmando que o departamento jurídico do clube está trabalhando “para que os envolvidos neste episódio sejam identificados e para que os materiais disponíveis sejam enviados às autoridades policiais”. O comunicado também diz que, caso haja participação de sócios no crime, os envolvidos serão “imediatamente suspensos do Quadro Social e proibidos de ingressar no estádio”.
AFASTADA DO EMPREGO
O corregedor do Centro Médico Odontológico da Brigada Militar, Coronel Jairo, informou que a torcedora identificada é auxiliar de uma empresa terceirizada que presta serviços para uma policlínica que atende a entidade.
Com a constatação das imagens, a Brigada solicitou que essa empresa retirasse a funcionária da policlínica. A decisão foi tomada ainda na quinta-feira, após a partida disputada pela Copa do Brasil.
“Conversei com o diretor da empresa, mas não consegui contato com ela. Era uma funcionária competente, mas a postura pessoal que ela assumiu vai totalmente contra os nossos princípios de trabalho. É um fato profundamente lamentável”, disse o major Régis Reche, chefe do Centro Médico Odontológico.