Valor pago pela família Neymar ajudou a reduzir a pena do lateral Daniel Alves
Daniel Alves foi condenado por agressão sexual a cumprir pena de 4 anos e 6 meses de prisão
Nesta quinta-feira (22), o brasileiro Daniel Alves foi condenado a quatro anos e seis meses de prisão por agressão sexual a uma jovem na Espanha. A pena é menos da metade pedida pela promotoria (9 anos) e equivale a um terço do pedido da vítima (12 anos). A redução teve uma ajuda indireta da família Neymar.
Antes do julgamento de Daniel Alves, a defesa do jogador depositou na conta do tribunal o valor de 150 mil euros, cerca de R$ 800 mil, para ser entregue a vítima, independentemente do resultado. O valor foi doado pela família Neymar. O pai do atacante do Al-Hilal confirmou a doação como “ajuda a um amigo”.
Vale ressaltar que Daniel Alves está sem acesso aos seus bens desde que foi preso em Barcelona, em janeiro de 2023.
Segundo o tribunal, o valor serviu como um “manifesto desejo de reparação”. Desta forma, o jogador teve a pena atenuada. Porém o jogador foi considerado culpado pelo crime de violência sexual contra a jovem. “Considera provado que o acusado agarrou abruptamente a denunciante, a jogou no chão e, a impedindo de se mexer, a penetrou pela vagina, apesar de a denunciante ter dito que não, que queria ir embora… isso cumpre o tipo de ausência de consentimento, com uso de violência, e com acesso carnal”, destacou um trecho da sentença.
Sentença de Daniel Alves
Daniel Alves foi condenado a 4 anos e seis meses de prisão, além de 5 anos de liberdade vigiada, após cumprir a pena. Ele também terá de ficar a 1 quilômetro da casa ou local de trabalho da vítima e não entrar em contato. O jogador também terá de pagar uma indenização por danos morais e físicos.
O jogador está preso a um ano e um mês e esse tempo será abatido no tempo de prisão. Vale destacar que pelo sistema penitenciário espanhol, o jogador já poderá receber o benefício de deixar a prisão em alguns dias a partir de abril de 2025, por cumprir metade da pena. Já em janeiro de 2026, caso comprove bom comportamento, ele poderá deixar a prisão e passar a cumprir a liberdade vigiada.