Fórmula 1

Verstappen tenta desafiar Hamilton, que busca inédito 8º título da F1

A temporada 2021 da F1 será a mais longa da história, com 23 grandes prêmios

Foto: Reprodução/Fórmula 1

A segunda temporada da F-1 disputada em meio à pandemia do coronavírus começa nesta sexta-feira (26), com os treinos livres do GP do Bahrein, e promete ser mais acirrada que as dos últimos anos. Além de ter quatro campeões mundiais no grid, a categoria vê a hegemonia da Mercedes sob ameaça pela primeira vez desde 2014.

Ao menos foi essa a impressão que ficou da pré-temporada, realizada há 15 dias no mesmo palco do GP deste fim de semana. Enquanto Lewis Hamilton e Valtteri Bottas sofreram com a unidade de motor de seus carros, a Red Bull de Max Verstappen e Sergio Pérez foi mais rápida e consistente.

Os desempenhos do holandês e do mexicano não chegaram a surpreender, pela evolução que a equipe já demonstrava na temporada passada. Mas as dificuldades encontradas pela Mercedes não estavam no roteiro, uma vez que o regulamento deste ano obriga os times a usarem os mesmos carros de 2020.

No ano em que Hamilton busca seu oitavo título para se isolar como maior vencedor da F-1, Verstappen é quem desponta como favorito a largar com uma vitória na pista de Sakhir. A classificação será no sábado (27), às 12h, com transmissão da Band e da plataforma de streaming F-1 TV Pro, assim como a corrida, às 12h de domingo.

Se no ano em que igualou o número de títulos de Michael Schumacher, Hamilton não teve rivais à altura, agora o holandês aparece no retrovisor, como mostra da expectativa que há no paddock de que ele seja o próximo grande protagonista da F-1.

“Eu ainda apostaria em Lewis, porque não é possível imaginar alguém o vencendo na temporada. Mas Max Verstappen, em particular, esteve mais perto do que nunca na pré-temporada, em termos de chances. Não acho que alguém tenha estado tão perto há muitos, muitos anos”, disse Nico Rosberg, campeão em 2016 e ex-companheiro de Hamilton na Mercedes.

“Sabemos que a Mercedes não ganhou por engano nos últimos sete anos”, ponderou Christian Horner, chefe da Red Bull. “É uma equipa de qualidade e de classe.” Os coadjuvantes também querem ocupar mais espaço. A briga no pelotão logo atrás de Mercedes e Red Bull deverá ser ainda mais competitiva, sobretudo entre os carros da McLaren e da Alpine (ex-Renault).

A primeira trouxe Daniel Ricciardo. O australiano tem sete vitórias na carreira e é visto como alguém que pode, além de brigar por pódios, ajudar na evolução do jovem inglês Lando Norris, 21, outra promessa do grid. A pré-temporada da McLaren foi animadora. Ricciardo liderou a parte da manhã em 2 dos 3 dias de testes, e a equipe não teve problemas de confiabilidade, consolidando-se como força logo atrás de Mercedes e Red Bull.

O papel hoje desempenhado pela escuderia inglesa é cobiçado pela Alpine. O time estruturou seu projeto tendo como pilar alguém acostumado a atrair holofotes: o espanhol Fernando Alonso. Aos 39 anos e de volta à categoria após um hiato de duas temporadas, o bicampeão acredita que pode ajudar no desenvolvimento da escuderia para que ela possa se tornar competitiva e lutar por pódios.

“Estou ansioso. Temos alguns talentosos jovens que já mostraram bom rendimento. Temos os campeões Lewis [Hamilton], Sebastian [Vettel] e Kimi [Raikkonen]. Temos um grid competitivo e vai ser um desafio encontrar todo mundo na pista”, disse Alonso, antes de dizer quem, na opinião dele, é o melhor piloto entre os que citou: “Sou o melhor”.

Ainda que não esteja à altura das equipes de ponta, a Haas não deverá apenas fazer figuração neste ano, como foi em 2020, quando terminou em nono no Mundial de Construtores. A chegada de Mick Schumacher, filho do heptacampeão Michael, fez os olhos da F-1 se voltarem para o time americano.

Campeão da F-2 no ano passado, o alemão se orgulha de carregar o sobrenome de peso, mas almeja construir a própria identidade. Só não vai ser fácil fugir das comparações com o heptacampeão. “Ele me lembra muito seu pai, estou feliz por ele”, disse Raikkonen, da Alfa Romeo. “Mas ele não está na F-1 pelo sobrenome.”

Além de trazer o sobrenome Schumacher de volta, Mick o levará a lugares há tempos não visitados pela categoria, como a Holanda, de volta ao campeonato após 35 anos. Também novidade, o GP da Arábia Saudita entrará no calendário pela primeira vez na história. O país ultraconservador, onde mulheres não podiam dirigir até 2018, quer usar grandes eventos esportivos para mudar sua imagem global.

COMO VER O GP DO BAHREIN
Sexta-feira (26), 8h30 – 1º Treino livre – BandSports e F1 TV Pro*
Sexta-feira (26), 12h – 2º Treino livre – BandSports e F1 TV Pro*
Sábado (27), 9h – 3º Treino livre – BandSports e F1 TV Pro*
Sábado (27), 12h – Treino classificatório – Band, BandSports e F1 TV Pro*
Domingo (28), 12h – Corrida – Band e F1 TV Pro*
*A assinatura da plataforma de streaming F1 TV Pro custa R$ 28,90 por mês