Futebol Brasileiro

Vítor Pereira admite erro na preparação do Corinthians para duelo com o Inter

Vítor Pereira também revelou que ficou surpreso com a dificuldade em disputar o Campeonato Brasileiro. "Quando me falaram que o Brasileirão era o campeonato mais difícil do mundo, eu ri"

Técnico português está na semifinal da Copa do Brasil com a equipe paulista. Foto: Divulgação Corinthians

Vítor Pereira admitiu erro na preparação física do Corinthians para o duelo com o Internacional, neste domingo, no empate, por 2 a 2, na Neo Química Arena, pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro. Durante participação na Brasil Futebol Expo, que teve também participação de Luis Castro, treinador do Botafogo, o técnico corintiano apontou que exagerou na carga dos treinos durante a semana livre que teve como preparação.

“Esta semana eu fiz uma cagada muito grande. Vou lhes dizer qual foi. Ainda não compartilhei isso com ninguém, nem com meus jogadores. Hoje, ao rever o jogo, percebi claramente que com, vontade de treinar e melhorar a minha equipe, tivemos mais dias para treinar e fiz o quê? Treinei na intensidade que gosto de treinar, não durante muito tempo, mas demos uma carga que eles (jogadores) não estavam habituados. Então, chegamos ao jogo cansados, sem capacidade, tivemos capacidade no primeiro tempo, no segundo tempo, não. Minha responsabilidade”, disse o técnico português.

Vítor Pereira também revelou que ficou surpreso com a dificuldade em disputar o Campeonato Brasileiro. “Quando me falaram que o Brasileirão era o campeonato mais difícil do mundo, eu ri e disse: ‘Estas a brincar comigo?’. Pois quando cheguei aqui soube das dificuldades. Viagens, calendário apertado…”, disse o treinador, que também aproveitou para fazer uma análise do seu trabalho no clube.

” Sinceramente, no Brasil nem de longe nem de perto fui o treinador que consegui em outras oportunidades. Pareço mais um treinador resultadista do que um treinador virado para o que mais amo no futebol, a estética, o jogo bem jogado. No Brasil não consegui. Não consegui porque tenho um calendário absurdo, um elenco que não é jovem e não tem capacidade de responder de três em três dias, aparecem lesões que eu não estava habituado, com viagens atrás de viagens, que nos obriga a não ter quase oportunidade de treinar. E eu gosto muito de treino, adoro treino, só consigo mudar comportamentos e jogar o jogo que gosto, de pressing (pressão) total, só consigo fazer isso se treinar, se minha equipe estiver recuperada”, afirmou.