América Latina

Após relatos de violência, ONU pede que bolivianos tenham moderação

Secretário-geral está preocupado com protestos

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pediu nesta quarta-feira (23) moderação aos bolivianos, após relatos de violência em protestos surgidos por ocasião das eleições presidenciais no país.

O porta-voz de Guterres, Stephane Dujarric, afirmou a jornalistas que o chefe da ONU está acompanhando a situação e as notícias de incidentes violentos na Bolívia.

Guterres está “preocupado” com os incidentes e afirmou que, nesta fase do processo eleitoral, todos os líderes políticos e seus seguidores devem contribuir para reduzir a tensão, evitando atos de violência.

Para o secretário-geral é preciso seguir os meios legais existentes para resolver diferenças e disputas sobre o pleito.

António Guterres pediu aos bolivianos que mantenham o que chamou de “espírito cívico louvável” que foi por eles demonstrado pela participação no processo eleitoral.

Eleições

Mais de 7,3 milhões de bolivianos, no país e no exterior, foram chamados a votar nas eleições presidenciais e legislativas, para mandatos de cinco anos, no domingo (20). Nove candidatos disputavam o cargo máximo do governo da Bolívia, entre eles o atual presidente, Evo Morales.

Após o encerramento das eleições, o Órgano Electoral Plurinacional (OEP) da Bolívia deu início à contagem dos votos, mas por volta das 23h, o Tribunal Supremo Eleitoral interrompeu a apuração dos votos, que seria retomada no dia seguinte. O último resultado parcial do OEP, indicava que 89% das urnas tinham sido apuradas, com 45,28% dos votos para Evo Morales contra 38,16% para Carlos Mesa.

Na Bolívia, para vencer a eleição em primeiro turno, o candidato deve receber mais de 50% dos votos ou 40% com uma diferença de mais de dez pontos percentuais em relação ao segundo colocado.

Os resultados parciais das eleições gerais na Bolívia geraram incerteza e tensão no país após a pausa na contagem.

Na segunda-feira (21), a Organização dos Estados Americanos (OEA) pediu que o Tribunal Supremo Eleitoral boliviano explicasse porque a transmissão dos resultados preliminares foi interrompida.