Ásia

Ataque suicida mata mais de 40 policiais na Índia

Pior ataque em décadas na Caxemira deve aumentar as tensões com o vizinho Paquistão

Ao menos 44 policiais morreram na Índia, após um carro carregado de explosivos se lançar contra um comboio de ônibus carregados de agentes da lei, no pior ataque em décadas na Caxemira indiana.

O incidente deve aumentar as tensões com o Paquistão, país vizinho. O grupo militante islâmico Jaish-e-Mohammad (JeM) reivindicou responsabilidade pelo ataque contra a caravana policial na principal estrada do estado de Jammu e Caxemira.

A região, de maioria muçulmana, há décadas convive com hostilidades entre a Índia e o Paquistão. Ambos os países governam partes da região, mas reclamam a soberania sobre a integralidade do território.

A explosão pôde ser ouvida a vários quilômetros de distância, disseram testemunhas. Corpos destroçados, escombros, os restos retorcidos de um carro cabornizado e sangue podiam ser vistos por mais de 100 metros, afirmou Mohammad Yunis, um jornalista que chegou à cena minutos depois.

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, publicou no Twitter que “condena fortemente este ataque covarde. Os sacrifícios de nosso corajoso pessoal de segurança não serão em vão”.

As forças indianas combatem militantes islâmicos na região montanhosa de Caxemira desde uma revolta armada em 1989, na qual dezenas de milhares de pessoas foram mortas, mas atentados a bomba na região são raros.

A Índia acusa o Paquistão de dar apoio material aos militantes, e Islamabad afirma que oferece apenas apoio moral e diplomático à Caxemira muçulmana em sua luta pela autodeterminação.

O último grande ataque na Caxemira ocorreu em 2016, quando militantes invadiram um acampamento do exército indiano em Uri, que matou 20 soldados.

A tensão com o Paquistão aumentou após o incidente, quando Nova Délhi disse que os atacantes vieram do Paquistão para realizar o ataque. O Paquistão negou qualquer envolvimento.