Estados Unidos

Biden tira 37 presos do corredor da morte para que Trump não os execute

Biden ameniza pena de detentos e impede que seu sucessor, Donald Trump, inicie mandato com execução de pena em massa

Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden (Foto: Flickr/White House)

Em reta final de mandato, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tirou do corredor da morte 37 dos 40 detentos que aguardavam cumprimento de sentença. A pena foi trocada por prisão perpétua. O anúncio foi feito pelo próprio Biden nesta segunda-feira (23).

Com a medida, o presidente impede que o seu sucessor, Donald Trump, inicie o mandato no fim de janeiro com a execução coletiva desses presos. Trump é defensor declarado da expansão da pena de morte.

“Essas comutações são consistentes com a moratória que meu governo impôs às execuções federais, em casos que não sejam terrorismo e assassinato em massa motivado por ódio”, disse Biden em um comunicado. “Dediquei minha carreira a reduzir crimes violentos e garantir um sistema de justiça justo e eficaz”.

Quem Biden deixou no corredor da morte

Apenas três dos 40 condenados à pena de morte ainda enfrentarão a execução:

  • Dylann Roof, que executou os assassinatos racistas de nove membros negros da Igreja AME Mother Emanuel em Charleston, na Carolina do Sul, em 2015;
  • Dzhokhar Tsarnaev, autor do atentado na Maratona de Boston de 2013; e
  • Robert Bowers, que atirou fatalmente em 11 fiéis da Sinagoga Tree of Life de Pittsburgh em 2018, no ataque antissemita mais mortal da história dos EUA.