NEGACIONISMO

Cantora tcheca antivacina morre após contrair Covid de propósito

Mulher decidiu se infectar para obter o passaporte da vacina. Mulher morreu devido às complicações relacionadas à doença

Cantora tcheca antivacina morre após contrair Covid de propósito (Foto: Reprodução/Facebook/Asonance)

A cantora tcheca, Hana Horka, que fazia parte do grupo Asonance, morreu após contrair Covid de propósito para obter o passaporte de vacinação. A artista, que era antivacina, faleceu no último domingo (16/01), aos 57 anos, após complicações relacionadas à doença.

O filho da cantora, Jan Rek, disse, em entrevista a uma rádio local que a mãe era contra o imunizante. Ele e o pai estavam completamente imunizados da Covid-19, mas contraíram a doença no final do ano passado.

Hana decidiu, então, se expor propositalmente à Covid. “Ela preferiu viver normalmente conosco e pegar a doença para não ter que se vacinar. É triste que ela quis mais acreditar em estranhos do que em sua própria família”, afirmou o filho.

Cantora que morreu após contrair Covid comemorou contaminação

A artista, que integrava uma das bandas de folk mais antigas da República Tcheca, chegou a comemorar a contaminação. “Estou muito feliz porque, desta forma, poderei ter uma ‘vida livre’ como os outros, ir ao cinema, tirar férias, ir à sauna, ao teatro”, disse quando soube que estava infectada.

A ação da artista ganhou apoio dos fãs, que demostraram interesse de se infectarem com Covid. Dois dias antes de morrer, a artista chegou a compartilhar informações sobre o estado de saúde nas redes socais. Ela disse que estava emocionada por ter vencido a doença e que, para comemorar, faria uma viagem “urgente” para uma praia.

No entanto, ela apresentou complicações e, após fazer uma caminhada, sentiu muitas dores nas costas e morreu por sufocamento em sua cama.

Filho responsabiliza movimento antivacina

Jan está convencido de que militantes antivacina são os responsáveis pela morte da mãe. Em um post na rede social, ele culpa diretamente o ator Jaroslav Dušek e a bióloga Soňa Peková, que são representantes do movimento, dizendo disse que eles têm “sangue em suas mãos”. Hana compartilhava frequentemente posts dessas duas figuras contra imunizantes anticovid.

Jan revela que ele o pai tentaram convencer a Hana a se vacinar, mas ela ignorou. Jan espera que, ao compartilhar a história da morte da mãe, as pessoas se conscientizem sobre a importância de ouvir especialistas e confiar em dados seguros sobre vacinação.

“Minha mãe não foi apenas alvo de uma desinformação total, mas também acreditava em opiniões sobre a imunidade natural e anticorpos que criaria quando pegasse a doença”, explicou.

*Com informações do G1