Casos de demência no mundo devem triplicar até 2050, diz estudo
No Brasil, previsão é que esse número passe de 1,8 milhão para 5,6 milhões
Mais de 153 milhões de pessoas poderão ter demência em 2050, segundo pesquisa que reúne dados de 195 países publicado na revista científica The Lancet Public Health. O estudo ponta que os casos da doença devem quase triplicar nos próximos anos. Em 2019, o número era de 57 milhões no mundo. No Brasil, previsão é que esse número passe de 1,8 milhão para 5,6 milhões.
De acordo com especialistas, a demência é considerada a sétima causa de morte no mundo e uma das principais causas de incapacidade e dependência entre os idosos. Esse aumento previsto, em grande parte, é causa do envelhecimento, crescimento da população e ao estilo de vida pouco saudável.
Conforme o estudo, parte do aumento nessa projeção de casos está relacionada também às altas taxas de tabagismo, obesidade e diabetes. Os efeitos dessas condições devem aumentar em mais de 7 milhões o número de doentes com demência até 2050.
Os pesquisadores dizem que houve redução de 6,2 milhões na projeção de número de casos de demência. “Mesmo avanços modestos na prevenção da demência ou no retardamento de sua progressão trariam benefícios notáveis. Para a maioria dos países, isso significa expandir programas locais apropriados e de baixo custo que apoiem dietas mais saudáveis, mais exercícios, parar de fumar e melhorem o acesso à educação”, explicou a autora principal do estudo, Emma Nichols, do Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde da Universidade de Washington, nos EUA.