CONFLITO

Com trégua da Rússia, Ucrânia retoma evacuação de civis

A evacuação de civis foi retomada pela Ucrânia nesta quarta-feira (9). Russos e ucranianos concordaram…

A evacuação de civis foi retomada pela Ucrânia nesta quarta-feira (9). Russos e ucranianos concordaram em respeitar um cessar-fogo para permitir a retirada, disse a vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk. Segundo ela, a Rússia informou que respeitará uma trégua das 9h até as 21h, no horário local (das 4h às 16h, em Brasília), ao redor de zonas afetadas pelos combates nos últimos dias.

Na cidade de Sumy -localizada a cerca de 330 quilômetros ao leste da capital da Ucrânia, Kiev- o corredor voltou a ser utilizado nesta quarta, segundo o chefe da Administração Regional local, Dmytro Zhyvytskyi. A região, porém, registrou novos ataques nesta madrugada. A polícia ucraniana informa que há saída de civis em cidades da região de Kiev. Em Energodar, a quase 700 quilômetros ao sudeste da capital, e Izium, distante 610 quilômetros a leste de Kiev, também há evacuação.

Nesta quarta-feira, a invasão russa ao território ucraniano chega ao 14º dia com o Ocidente aumentando o isolamento da Rússia na economia.

Além dos ataques e da busca pela retirada de civis, outro ponto de preocupação da Ucrânia é com as usinas nucleares. Nesta quarta-feira, o assessor do presidente da Ucrânia, Mikhaylo Podolyak, disse que IAEA (sigla em inglês para Agência Internacional de Energia Atómica) perdeu conexão com o sistema de monitoramento de Chernobyl, que foi tomada pelos russos.

Os seis trajetos de evacuação desta quarta são:
Energodar-Zaporizhia
Sumy-Poltava
Mariupol-Zaporizhia
Volnovakha-Pokrovsk
Izium-Lozova
Vorzel, Bucha, Irpin, Borodyanka, Gostomel-Kiev

Retomada da evacuação

Na terça, com o corredor, Sumy conseguiu evacuar cerca de 5.000 pessoas, segundo Zhyvytskyi. Nesta quarta, os trabalhos para evacuação são retomados desde as 9h, horário local (4h, em Brasília), indo até as 21h (16h, no Brasil). De acordo com o administrador, isso foi possível após a equipe de negociação ter trabalhado “a noite toda”.

O corredor será entre Sumy e Poltava, cidade distante cerca de 175 quilômetros, em direção ao sul do país. A rota do corredor, porém, não é direta. No caminho, há passagem por Nedrigailiv, Romny, Lokhvytsia, Pyriatyn, Lubny e Khorol, disse Zhyvytskyi sobre o trajeto que, no total, tem 412 quilômetros.

“Os ônibus estarão envolvidos na evacuação e os carros particulares também podem ser movidos no comboio”, disse chefe-adjunto do gabinete da presidência da Ucrânia, Kirill Timoshenko. “Pedimos aos motoristas, por favor, levem o número máximo de pessoas com vocês!”

Kiev

A prefeitura da capital ucraniana, Kiev, diz que “está ajudando na evacuação e ajuda humanitária” nas cidades próximas. Segundo a polícia, há retirada em cidades como Gostomel, Vorzel, Borodyanka, Irpin e Bucha.

“Pedimos a todos que sigam rigorosamente as instruções dos policiais, tragam documentos e coisas, mantenham a calma”, disse a polícia em comunicado.

Primeiro vice-chefe da Administração Estatal de Kiev, Mykola Povoroznyk disse esperar que “hoje haja corredores para tirar a população civil de lá o máximo possível”.

Apesar do acionamento de sirenes de alerta nas últimas horas, a prefeitura diz que a noite foi tranquila na capital.

Sumy

Na madrugada desta quarta, antes do horário do cessar-fogo, houve um ataque aéreo na região de Sumy, de acordo com o Ministério da Administração Interna da Ucrânia.

“Em 9 de março, aeronaves inimigas atingiram prédios residenciais em Lebedin”, diz o comunicado, citando cidade que fica a 50 quilômetros de Sumy. Cinco pessoas, incluindo duas crianças, foram resgatadas dos escombros. “Além disso, como resultado do ataque aéreo, 2 edifícios residenciais foram destruídos.”

De acordo com Zhyvytskyi, por volta das 3h (22h de terça no horário de Brasília), houve dois ataques aéreos, com bombardeio, em Okhtyrka, a cerca de 70 quilômetros de Sumy. “Atualmente, não há conexão com Okhtyrka”, disse o administrador.

Na terça, outro ataque com bomba em Sumy deixou 22 mortos, sendo três deles crianças, segundo Zhyvytskyi. “São todos da mesma família.”

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