Corpo de mergulhador desaparecido há 20 anos é encontrado após seca em reservatório nos EUA
A drástica redução do nível de água no maior reservatório dos Estados Unidos, o Lago Mead,…
A drástica redução do nível de água no maior reservatório dos Estados Unidos, o Lago Mead, próximo da cidade de Las Vegas, revelou não apenas muito lixo no local, como também restos mortais de pelo menos cinco pessoas. Nesta quinta-feira (25), a identidade de uma delas foi confirmada: um mergulhador desaparecido há 20 anos.
Conforme as autoridades locais, Thomas P. Erndt, de 42 anos, se afogou no local em 2 de agosto de 2002, e seus restos mortais foram encontrados em 7 de maio deste ano.
“Isso corrobora o relato de uma testemunha para guardas florestais na mesma data, informando que um homem foi visto nadando sem colete salva-vidas perto de Callville Bay e que parecia enfrentar alguma dificuldade na água”, informou o Serviço de Parques Nacionais em nota divulgada pela Bloomberg.
Restos mortais começaram a emergir no reservatório em maio deste ano. O primeiro era de uma pessoa vítima de um tiro que foi colocada em um barril, provavelmente nos anos 1970 ou 1980. O caso foi ligado à máfia que atuava na região de Las Vegas na época.
“A máfia costumava colocar as pessoas em barris, para jogá-los no reservatório ou no campo”, diz Geoff Schumacher, vice-presidente de exposições e programas do Museu da Máfia em Las Vegas.
“Essa pessoa foi baleada na cabeça, o que é típico da máfia. Então sabemos que isso aconteceu nos anos 1970 ou início dos anos 1980, quando o grupo criminoso era proeminente em Las Vegas”.
Em 1994, o jornal Las Vegas Review estimou que pelo menos 59 pessoas haviam desaparecido na área do reservatório entre 1937 e aquele ano.
Por conta de mudanças climáticas e o aquecimento global, o Lago Mead já perdeu mais da metade de seu volume e não mostra sinais de recuperação. Autoridades já solicitaram que as pessoas que vivem na região abastecida pelo reservatório reduzam seu consumo de água em 35%.