Cuba: autoridades identificam 15 vítimas de acidente aéreo
Os únicos sobreviventes resgatados na sexta-feira, três passageiras, permaneciam em estado crítico na unidade de terapia intensiva do Hospital Calixto García, no centro de Havana
Autoridades cubanas identificaram os restos mortais de 15 das 110 vítimas fatais do acidente com um Boeing 737-200 na sexta-feira na capital do país, Havana. Uma equipe de investigadores locais e estrangeiros se concentrava nas possíveis causas do desastre e nas condições operacionais da empresa mexicana proprietária do avião, que caiu logo após a decolagem.
Os únicos sobreviventes resgatados na sexta-feira, três passageiras, permaneciam em estado crítico na unidade de terapia intensiva do Hospital Calixto García, no centro de Havana, enquanto os restos mortais das primeiras vítimas identificadas começaram a ser entregues a familiares na cidade de Holguín, disseram as autoridades. Cinco crianças estavam entre as 15 vítimas identificadas no fim de semana, segundo as autoridades, que informaram ainda que a identificação de todas as vítimas pode levar dias.
O Boeing, que seguia para Holguín, caiu em um campo e pegou fogo logo após decolar do aeroporto de Havana na sexta-feira. O ministro dos Transportes de Cuba, Adel Yzquierdo, disse que 110 pessoas morreram, dos 113 passageiros e tripulação a bordo.
Autoridades cubanas disseram que, depois de um pedido das autoridades norte-americanas, uma equipe da Boeing entrará na investigação. “Vamos fornecer toda a assistência necessária para que eles possam fazer o seu trabalho”, disse o ministro dos Transportes à mídia estatal. Investigadores mexicanos já participam da investigação, já que a aeronave, construída em 1979, foi alugada pela companhia mexicana Aerolíneas Damojh para a aérea Cubana de Aviación, que tem uma frota antiga e recentemente desativou muitos de seus aviões.
A Damojh era responsável pela manutenção e operação da aeronave, disse Yzquierdo. “Nós alugamos este avião há menos de um mês. Mantemos toda a documentação que mostra que a tripulação estava certificada e pronta”, acrescentou. Yzquierdo disse que é comum para a Cubana de Aviación arrendar aeronaves de companhias estrangeiras, em parte porque o embargo dos EUA contra a ilha reduz a capacidade da companhia estatal de comprar aviões. O governo mexicano disse na noite de sábado que vai conduzir uma nova auditoria operacional da companhia aérea para determinar se está cumprindo as regulamentações e coletar informações que possam ajudar na investigação. Fonte: Dow Jones Newswires.