LITERATURA

Edgar Allan Poe, escritor de “O Corvo”, completaria 209 anos nesta sexta-feira (19)

Poeta serviu de inspiração para literatura, cinema e TV

O poeta norte-americano Edgar Allan Poe, reconhecido pelo famoso conto “O Corvo”, completaria 209 anos nesta sexta-feira, 19 de janeiro. Ativamente presente na literatura até os dias atuais, o escritor é lembrado por seus contos de mistério e horror, servindo de inspiração para novos autores.

Nascido em Boston em 1809, Edgar estudou na Escócia, antes de seguir para um internato na Inglaterra, retornando mais tarde para os Estados Unidos. Seus primeiros poemas foram escritos em 1823, e seu primeiro livro, “Tamerlão e Outros Poemas”, foi publicado em 1827.

Edgar Allan Poe tornou-se editor literário em 1835, mas logo voltou a se dedicar em suas próprias obras, conciliando com o trabalho em periódicos da Filadélfia e de Nova Iorque. Em 1838, ele publicou uma novela de tema marinho, e posteriormente vieram os textos de ficção “Contos do Grotesco e Arabesco” (1839), “Romances em Prosa de Edgar A. Poe” (1843) e “Contos” (1845).

Competente na escrita, o poeta sofria com o vício em álcool e acabou sendo encontrado embriagado em Baltimore, sendo levado ao hospital, onde faleceu em 7 de outubro de 1849.

Cinema

Edgar Allan Poe teve seus contos como inspiração para a série “A Queda da Casa de Usher” (2023), criada por Mike Flanagan, disponível na Netflix. O poeta também serviu de inspiração para diversas outras produções cinematográficas e televisivas, como “The Avenging Conscience” (1914), “La chute de la maison Usher” (1928), “Muralhas do Pavor” (1962) e “O Poço e o Pêndulo”.

As histórias de Edgar também estiveram presentes na música, em bandas como Iron Maiden e Green Day.

Obras literárias de Edgar Poe:

  • Poemas (1831)
  • Berenice (1835)
  • A Queda da Casa de Usher (1839)
  • O Retrato Oval (1842)
  • O Poço e o Pêndalo (1842)
  • O Coração Revelador (1843)
  • Filosofia da Composição (1845)
  • O Barril de Amontillado (1846)
  • Príncipe Poético (1850)

Veja o conto mais famoso de Edgar Allan Poe:

O Corvo
Em certo dia, à hora, à hora
Da meia-noite que apavora,
Eu caindo de sono e exausto de fadiga,
Ao pé de muita lauda antiga,
De uma velha doutrina, agora morta,
Ia pensando, quando ouvi à porta
Do meu quarto um soar devagarinho
E disse estas palavras tais:
“É alguém que me bate à porta de mansinho;
Há de ser isso e nada mais.”
Ah! bem me lembro! bem me lembro!
Era no glacial dezembro;
Cada brasa do lar sobre o chão refletia
A sua última agonia.
Eu, ansioso pelo sol, buscava
Sacar daqueles livros que estudava
Repouso (em vão!) à dor esmagadora
Destas saudades imortais
Pela que ora nos céus anjos chamam Lenora,
E que ninguém chamará jamais.