Efeitos colaterais graves de vacina contra Covid em crianças são raríssimos, diz CDC
Reações comuns são dor no local da injeção e cansaço; houve 11 relatos de miocardite entre 43 mil vacinados
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) divulgou na quinta-feira (30) dois estudos que destacam a importância da vacinação de crianças contra o coronavírus.
Um estudo concluiu que problemas graves são extremamente raros entre crianças de 5 a 11 anos que receberam a vacina Pfizer-BioNTech. O outro, que analisou centenas de internações pediátricas em seis cidades dos Estados Unidos no último verão, revelou que quase todas as crianças que ficaram gravemente doentes não haviam sido totalmente vacinadas.
Mais de 8 milhões de doses da vacina Pfizer foram administradas em crianças de 5 a 11 anos nos EUA até agora. Mas a preocupação com fatores desconhecidos de uma nova vacina fez com que alguns pais hesitassem em permitir a vacinação de seus filhos, incluindo alguns que preferem esperar pela imunização mais ampla, que poderá revelar qualquer problema raro.
Em 19 de dezembro, cerca de seis semanas após o início da campanha para vacinar crianças de 5 a 11 anos, o CDC disse ter recebido muito poucos relatos de problemas sérios. A agência avaliou relatórios recebidos de médicos e do público, assim como respostas a pesquisas com pais ou responsáveis por aproximadamente 43 mil crianças nessa faixa etária.
Muitas das crianças pesquisadas relataram dor no local da injeção, cansaço ou dor de cabeça, principalmente após a segunda dose. Aproximadamente 13% dos entrevistados relataram febre após a segunda injeção.
Mas os relatos de miocardite, uma inflamação do músculo cardíaco que foi associada em casos raros à vacinação contra o coronavírus, continuaram escassos. O CDC disse que havia 11 relatos verificados vindos de médicos, fabricantes de vacinas ou outros membros do público. Desses, sete crianças haviam se recuperado e quatro estavam se recuperando no momento do relatório, afirmou o CDC.