NO MUNDO

Em 12 dias, casos de Covid-19 passam de 2 para 3 milhões

Mortes passam de 207 mil; Estados Unidos são o país mais afetado, com 968 mil casos

Segundo a pasta, não haveria no momento nenhum registro de falta dos produtos que imunizam contra hepatite B, tétano e meningite

O número de casos confirmados da Covid-19 pelo mundo ultrapassou a marca de 3 milhões nesta segunda-feira, segundo o levantamento da Universidade Johns Hopkins. Ao todo, mais de 207 mil pessoas morreram após contraírem o novo coronavírus, cuja letalidade chega a ser 10 vezes maior do que a do H1N1, segundo informou a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A marca de 3 milhões de diagnósticos foi batida apenas 12 dias após os casos chegarem a 2 milhões, no dia 15 de abril. O milionésimo caso, por sua vez, foi registrado no dia 2 de abril, mais de três meses depois do registro dos primeiros casos, na cidade de Wuhan, na China, no último dia de 2019.

No Brasil, a última contagem do Ministério da Saúde, divulgada no domingo, mostra que o país tem 61.888 pessoas infectadas, com 4.205 mortes. São Paulo é o estado mais afetado, com 20.715 casos e 1.700 mortes, seguido pelo Rio de Janeiro, onde há 7.111 casos e 645 óbitos — até o momento, 97% dos leitos públicos de Unidades de Terapia Intensiva estão ocupados em território fluminense.

A maioria dos infectados do planeta está nos Estados Unidos, que também é o país com o maior registro de mortes: ao todo, são 968.203 casos da doença e 54.938 óbitos. A maior parte dos casos se concentra no estado de Nova York, onde mais de 282 mil pessoas foram infectadas e quase 20 mil morreram. De acordo com a Johns Hopkins, há 126.686 pessoas hospitalizadas no território americano por causa do novo coronavírus; ao menos, 5,4 milhões de testes foram feitos no país.

O segundo país com maior registro de casos é a Espanha (229.422), seguida da Itália (197.675). Ambas as nações europeias também são as que têm maior número de óbitos, atrás apenas dos Estados Unidos: a Espanha tem 23.521, e a Itália, 26.644. Tal como nos EUA e em boa parte do planeta, no entanto, estima-se que haja subnotificação dos casos e das mortes.

Segundo um levantamento feito Financial Times, o número total de mortos em razão da Covid-19 pode ser 60% maior que o reportado. Ao analisar os dados de 14 países, o pelo jornal britânico constatou que as estatísticas mostram 122 mil mortes além dos níveis habitualmente registrados nestas regiões entre 2015 e 2019, número maior que os 77 mil óbitos contabilizados oficialmente em razão do novo coronavírus.

Evidentemente, parte destas mortes pode ter sido causada por outros fatores, ainda mais frente às recomendações para que se evitem hospitais e clínicas. No entanto, este aumento da mortalidade foi acentuado nos países mais acometidos pela Covid-19, sugerindo que a maior parte das mortes é diretamente relacionada à pandemia.

As primeiras notificações da doença respiratória começaram a aparecer há pouco mais de quatros meses, na China. Com 83.912 diagnósticos da Covid-19 e 78.306 pessoas recuperadas, o gigante asiático deu início à retomada gradual de sua economia no início de abril e vem adotando medidas de contenção para evitar uma segunda onda de casos trazidos do exterior.