Entenda por que primeiras pílulas contra Covid são tão promissoras
Medicamentos da MSD e da Pfizer abrem nova frente de combate ao coronavírus
As empresas farmacêuticas MSD (conhecida como Merck no Canadá e Estados Unidos) e Pfizer anunciaram resultados animadores para os primeiros tratamentos orais contra a Covid-19, enquanto um antidepressivo também mostrou sinais promissores, o que pode abrir um novo capítulo na luta contra a pandemia.
O que são esses tratamentos? Fala-se em tratamentos orais, pílulas, ou comprimidos, que seriam administrados assim que surgissem os primeiros sintomas da Covid-19, com o objetivo de evitar formas graves da doença e, portanto, a hospitalização.
Após meses de pesquisas, duas gigantes farmacêuticas americanas acabam de anunciar que conseguiram fazer isso: a MSD, no início de outubro, com o molnupiravir; e a Pfizer, na sexta-feira (5), com o paxlovid.
Trata-se de antivirais que atuam reduzindo a capacidade de replicação do vírus, desacelerando a doença.
Ambas as empresas relatam uma forte redução nas hospitalizações entre os pacientes que fizeram seus tratamentos –pela metade, para o molnupiravir, e quase 90%, para o paxlovid–, embora comparações diretas sobre a eficácia não sejam possíveis, devido aos diferentes protocolos de estudo.
Em paralelo, um antidepressivo que já é de domínio público, a fluvoxamina, apresentou resultados animadores na prevenção de formas graves da Covid-19, segundo um estudo publicado em outubro por pesquisadores brasileiros na revista Lancet Global Health.