Ex-ministro de Evo Morales será candidato à presidência da Bolívia
Em uma coletiva de imprensa em Buenos Aires, aonde está asilado, Evo Morales anunciou os…
Em uma coletiva de imprensa em Buenos Aires, aonde está asilado, Evo Morales anunciou os nomes dos candidatos a presidente e vice-presidente pelo seu partido, o Movimento ao Socialismo (MAS). Luis Arce, ex-ministro da Economia, e David Choquehuanca, ex-chanceler, compõem a chapa. As eleições na Bolívia estão marcadas para o dia 3 de maio.
No Twitter, Evo Morales afirmou que a dupla Luis Arce e David Choquehuanca é” uma combinação do conhecimento científico e do conhecimento originário milenar, a unidade do campo e da cidade, do corpo e da alma. Temos um projeto político de liberação que demonstrou que outra Bolívia é possível”.
Arce, ex-ministro da Economia, representa o “conhecimento científico”, e Choquehuanca, indígena aimará, o “conhecimento originário milenar”. Choquehuanca, que foi ministro das relações exteriores nos governos de Morales, entre 2006 e 2017, tem forte apoio das comunidades indígenas do altiplano boliviano.
A escolha dos nomes contraria decisão tomada na última sexta-feira (17) pelo Pacto de Unidade – uma aliança nacional que é a principal base de apoio de Morales – que havia definido o binômio David Choquehuanca e Andrónico Rodríguez como candidatos a presidente e vice.
Andrónico Rodríguez é um jovem líder cocaleiro, de 30 anos. Era considerado por alguns setores do MAS como o principal sucessor de Evo. O ex-presidente, no entanto, optou pela fórmula Arce- Choquehuanca.
Candidatos
Outros nomes também já foram confirmados como candidatos ao cargo. Entre eles, estão o principal opositor de Morales nas eleições de outubro do ano passado, Carlos Mesa, que é de centro-esquerda; o líder do movimento cívico de Santa Cruz de la Sierra, Luis Fernando Camacho, de direita; o pastor evangélico coreano-boliviano, Chi Hyun Chung, de extrema-direita; e o ex-presidente Jorge “Tuto” Quiroga, de direita.
Quiroga afirmou que a decisão dos nomes indicados pelo MAS foi “dedo” de Evo Morales. “Dedo do chefão. Evo impõe, de seu confortável asilo argentino, o gerente de 14 anos de desperdício e corrupção”, escreveu Quiroga em sua conta no twitter, referindo-se a Arce, que foi ministro da Economia dos governos de Evo.