Ex-policial Derek Chauvin se declara culpado por violar direitos de George Floyd
É a primeira vez que ex-agente admite culpa no caso após ser condenado a 22 anos e meio de prisão por homicídio
O ex-policial de Minneapolis Derek Chuavin se declarou culpado nesta quarta-feira (15) em um tribunal federal dos EUA pela acusação de ter violado os direitos civis de George Floyd, homem negro que morreu asfixiado pelo joelho do agente, um agente branco, durante uma abordagem no ano passado.
É a primeira vez que Chauvin se declara culpado no caso, mas em uma acusação separada da de homicídio, pelo qual ele foi condenado neste ano. A admissão, segundo o acordo com a promotoria, deve estender sua sentença em cerca de dois anos, pois ele cumpre pena de 22 anos e 6 meses no confinamento solitário em uma prisão de segurança máxima de Minnesota.
As imagens do policial branco asfixiando com o seu joelho Floyd, um homem negro, em maio do ano passado viralizaram na internet e foram o estopim para uma onda de protestos antirracismo e contra a violência policial nos EUA e em vários países.
Chauvin chegou ao tribunal em Minnesota em um macacão laranja, usado por presidiários nos EUA, para renunciar a seu direito a um julgamento após chegar ao acordo de admissão de culpa. Em setembro, ele havia se declarado inocente da acusação.
Ele foi perguntado pelos promotores se deliberadamente privou Floyd de seu direito constitucional e se manteve o joelho sobre o pescoço do homem negro mesmo após ele estar inconsciente. Chauvin, então, respondeu: “Correto”.
A acusação afirmou à corte que a orientação para sentença em casos desse tipo é de 20 a 25 anos de prisão, segundo o canal de notícias do estado WCCO-TV. Segundo o acordo, eles pediram a pena máxima para ser cumprida concomitantemente com as de homicídio em segundo grau, homicídio em terceiro grau e homicídio culposo em segundo grau.
Além da detenção, ele precisará pagar uma indenização, cujo valor ainda será determinado, segundo a emissora, além de se comprometer a nunca mais atuar como policial. A audiência para definir a sentença, no entanto, ainda irá ocorrer e não tem data marcada. Nela, parentes e pessoas próximas de Chauvin e Floyd poderão depor à corte.