Explosão de pagers no Líbano teria sido organizada pelo Mossad, de Israel
Mossad teria invadido servidores por onde passam mensagens desses pagers, e infiltrado um código que causou o superaquecimento dos aparelhos
Como mostrou o Mais Goiás na última terça-feira (18), um ataque coordenado causou a explosão simultânea de milhares de aparelhos de mensagem de texto (chamados pagers) usados pelo Hezbollah no Líbano, causando a morte de nove pessoas e deixando pelo menos 3 mil feridos. Mais de 24 horas depois, a imprensa começa a dizer que há indícios de que o ataque tenha sido organizado pela agência de espionagem de Israel, o Mossad.
O Mossad teria invadido servidores por onde passam as mensagens desses pagers, e infiltrado um código que causou o superaquecimento dos aparelhos e a consequente explosão.
Nesta quarta-feira (18/9), novas detonações foram registradas nos arredores de Beirute. Os relatos são de mais de 100 feridos e pelo menos três mortos nesta segunda leva.
Segundo reportagem da BBC, Israel tem um histórico de ataques dessa natureza. Em 1996, a agência de inteligência interna, Shin Bet, assassinou um fabricante de bombas do Hamas, Yahya Avyash, sabotando o telefone celular dele, que explodiu.
O que são pagers
Esses pagers, que a geração mais nova provavelmente desconhece, são aparelhos que eram bastante utilizados nos anos 1990 e servem para receber mensagens de texto curtas. Eles funcionam sem conexão à internet e podem receber as notificações apenas pela rede de telefonia, o que dificulta rastreamentos. Por isso foram adotados pelo Hezbollah, que está em guerra com Israel.
Segundo o jornal The New York Times, os equipamentos dispararam bipes antes de explodir, por volta das 15h30, o que fez muita gente pegar os aparelhos e olhar para eles bem na hora em que os itens foram detonados. Há relatos de que eles esquentaram antes de explodir ou pegar fogo.