Falta de equilíbrio em posição no yoga leva mulher a descobrir tumor no cérebro; entenda
Canadense de 38 anos estranhou não conseguir se manter de pé em uma única perna, um dos sintomas do pouco conhecido neuroma acústico
A canadense Daphnee Paquin-Katma, de 38 anos, professora de yoga começou a estranhar quando uma posição que era comum no seu dia a dia – a de permanecer de pé numa perna só – passou a ser cada vez mais difícil. O quadro foi suficiente para levá-la a procurar ajuda médica, e os exames indicaram um tumor benigno chamado de neuroma acústico, que se desenvolve no nervo vestibulococlear, que liga o ouvido ao cérebro.
“Se eu não estivesse praticando yoga, não teria percebido que algo estava errado. Eu praticava muito ioga antes do meu diagnóstico e notei que meu equilíbrio estava diminuindo. Eu não conseguia me equilibrar em uma perna, o que me fez questionar minha saúde”, contou Daphnee ao jornal britânico DailyMail.
Embora benigno, o tumor, de 3,8 cm, poderia ser fatal caso Daphnee não procurasse o tratamento. Isso porque o tumor cresce e passa a pressionar o cérebro, além de poder comprometer a audição.
O neuroma acústico é mais comum entre as idades de 40 e 60 anos. Os sintomas iniciais são zumbidos no ouvido, vertigens e perturbações do equilíbrio. É considerado um quadro raro, e o tratamento envolve radioterapia ou remoção cirúrgica em casos mais avançados.
No caso de Daphnee, os médicos indicaram o tratamento cirúrgico, que durou cerca de 12 horas. A operação foi bem sucedida, e a professora voltou a dar aula. Embora no início ainda esteja com alguma dificuldade em se equilibrar, ela contou ao jornal que aos poucos está recuperando as habilidades.
Teste de equilíbrio em casa pode ajudar
O desequilíbrio já foi associado a um sinal de alerta para a saúde em diversos estudos. Recentemente, cientistas brasileiros descobriram que não conseguir se equilibrar numa perna só por dez segundos é um indicador de risco de morte maior do que ser cardíaco, obeso, hipertenso ou ter níveis elevados de gordura no sangue, sem distinção de idade e gênero.
O trabalho foi publicado na revista científica British Journal of Sports Medicine (BJSM), um dos periódicos científicos de maior impacto no mundo.