França retoma trabalho remoto e reduz intervalo de vacina contra Covid para frear ômicron
País volta a exigir máscaras em locais abertos nos centros das cidades e limita aglomerações
Contra o rápido avanço da variante ômicron da Covid-19, a França decidiu apertar restrições e reduzir de quatro para três meses o intervalo da dose de reforço da vacina contra a doença, anunciou nesta segunda-feira (27) o primeiro-ministro, Jean Castex.
O governo anunciou que, nos casos em que for possível, empresas deverão adotar o trabalho remoto em pelo menos três dias por semana. Além disso, eventos públicos ficarão limitados a no máximo 2.000 pessoas em ambientes fechados ou 5.000 pessoas em locais abertos. Shows não poderão mais ter público em pé, os espectadores deverão ficar sentados.
Fica proibido também consumir bebias e alimentos nos sistemas de transporte e nos cinemas. Em bares e restaurantes, apenas clientes sentados poderão ser servidos. O uso de máscaras volta a ser obrigatório mesmo ao ar livre nas regiões centrais das cidades, medida que já foi adotada por outros países da região, como a Espanha. As medidas vão valer por pelo menos três semanas.
A França tem batido recordes históricos de contaminação pela doença, com média de mais de 70 mil novos casos registrados por dia, acima do registrado em qualquer momento anterior da pandemia. A média de mortes, porém está em cerca de 160 por dia, muito abaixo do registrado em ondas anteriores, o que especialistas creditam à ampla da vacinação —na primeira onda da doença, por exemplo, em abril de 2020, o país registrou quase 1.000 mortes por dia.
Não haverá, porém, toque de recolher durante as festividades de Ano Novo, conforme se especulou nos últimos dias. Além disso, a volta às aulas permanece prevista para 3 de janeiro, diferentemente de outros países que decidiram adiar o retorno dos alunos às escolas.