GUERRA

Goiano na Ucrânia tenta deixar país rumo a Romênia

Em 5h de percurso, ele e uma amiga só conseguiram avançar 70 km pelo país

Goiano na Ucrânia tenta deixar país rumo a Romênia (Fotos: Reprodução - Instagram - @gafemodesto)

O goiano de Campos Belos, Gabriel Felipe Costa, vive na Ucrânia, que está em guerra com a Rússia desde a última quinta-feira (24). Neste momento, ele tenta ir de carona para a Romênia.

Morador de Kiev, ao Mais Goiás ele relatou que deixaria o país rumo a Polônia na quinta, mas o voo foi cancelado. Segundo ele, estava dormindo quando ouviu uma explosão.

Ainda na quinta, Gabriel tentou deixou Kiev por metrô rumo a cidade em que mora uma amiga de Belém (PA) – Bila Tserkva -, mas o mesmo ficou fechado por algumas horas. Depois, ele conseguiu ir até ela de carona, onde passou a noite. Agora, ambos tentam deixar o país.

A expectativa é que eles cheguem a Romênia em três dias. Isto, porque em 5h de percurso eles só conseguiram avançar 70 km no carro da amiga.

“Estou com medo. Vi caças sobrevoando e soldados se preparando. Estamos procurando um local para dormir”, revela em uma rodovia perto de Litynski Khutory, onde está com a amiga, no momento. São pouco mais mais de 22h na Ucrânia, neste momento.

Gabriel vive na Ucrânia há três anos. Ele visitou o país antes disso e resolveu que queria viver no local. Ele atuou como professor de inglês, incialmente, e atualmente trabalha como gerente de contas.

Conflito

Vale citar, as tensões entre Rússia e Ucrânia ocorrem há meses, com a possibilidade do segundo país entrar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) – o pacto foi assinado em 1949 com objetivo de impedir o avanço da influência da então União Soviética sobre os países da Europa Ocidental.

Na última quinta-feira, o líder russo Vladimir Putin permitiu uma operação militar no leste da Ucrânia, com bombardeios, próximo às regiões separatistas de Luhansk e Donetsk. Inclusive, o presidente da Rússia reconheceu a independência dessas cidades.

Nesta sexta, o Ministério da Defesa da Ucrânia recomendou, pelo Twitter, que a população do distrito de Obolon, no noroeste de Kiev, fizesse coquetéis molotovs para repelir os invasores.

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