Haiti procura ex-senador e informante dos EUA suspeitos de morte do presidente
Outro informante da DEA já está preso; ex-funcionário de órgão anticorrupção também é procurado
A polícia do Haiti procura mais cinco suspeitos de assassinar o presidente Jovenel Moïse, entre eles um ex-senador, um informante do governo americano e um ex-agente do órgão anticorrupção do país. O governo diz que os suspeitos estão armados e são perigosos.
O presidente do Haiti, Jovenel Moïse, 53, foi morto a tiros em sua residência privada na madrugada do último dia 7. A primeira-dama do país foi ferida e levada para tratamento médico em Miami, nos EUA.
Um dos procurados pela polícia é John Joël Joseph, ex-senador haitiano, opositor do Tet Kale, partido de Moïse. Em vídeo publicado na internet no ano passado, Joseph compara o presidente ao coronavírus e diz que os haitianos morrem de fome ou pela violência em sua gestão. A polícia não detalhou qual seria a participação dele no crime.
Um segundo suspeito procurado foi identificado como Joseph Felix Badio, ex-funcionário da Unidade de Luta Contra a Corrupção, do governo haitiano. O órgão publicou comunicado na terça-feira (14), em que diz que Badio trabalhou lá entre 2013 e maio deste ano, quando foi demitido por “quebrar regras”, sem especificar quais foram.
Rodolphe Jaar, que se apresenta como “Whiskey”, é o terceiro foragido. Segundo a agência de notícias americana Associated Press, Jaar, que é haitiano e não tem cidadania americana, foi condenado por tráfico de drogas na Flórida em 2013 a quatro anos de prisão. Em um pedido de revisão de pena em 2015, a defesa afirmou que ele havia sido um informante secreto do governo por muitos anos e que poderia voltar a cooperar com os agentes federais, segundo a agência.