Homem com câncer de 10 kg no estômago sobrevive à cirurgia no Reino Unido
Britânico de 71 anos tinha um sarcoma que ocupava mais de 90% do órgão e comprimia órgãos vitais
Um idoso de 71 anos, morador do Reino Unido, sobreviveu a uma cirurgia para retirada de um tumor de cerca de 10 kg que comprimia 90% do seu estômago. O câncer, descoberto já em estágio avançado, foi considerado inoperável pelos primeiros médicos, que deram apenas alguns meses de vida ao aposentado Derek Cornelius. Inconformado, o homem procurou um segundo especialista, que concordou em fazer a operação, mas ressaltando o altíssimo risco para a vida do paciente.
“Disseram-me que o tumor ocupava 90% do espaço do meu estômago e ameaçava expandir-se para os meus órgãos vitais. Quando uma mulher tem um bebê, eles geralmente pesam três quilos. Eu estava carregando o equivalente a trigêmeos. Disseram que era terminal e que nada podia ser feito”, contou o homem ao jornal britânico DailyMail.
Embora Derek tenha começado a notar um aumento inesperado do peso no início do ano passado, o diagnóstico de um sarcoma – tipo de tumor grave que acomete tecidos mole do corpo – chegou apenas em outubro quando foi tomar a vacina contra a gripe e decidiu conversar com seu médico sobre o caso. Ele realizou então uma tomografia computadorizada, que revelou o tumor. Porém, segundo os médicos, já era tarde demais.
No entanto, um consultor do hospital sugeriu que o caso fosse analisado por um segundo especialista em cirurgia oncológica. O médico disse que poderia realizar a operação, mas alertou Derek sobre os baixos índices de sobrevivência. Ainda assim, o aposentado decidiu passar pelo procedimento, que durou cerca de três horas.
Hoje, o britânico está bem e voltou até a dançar com sua esposa, Pam Cornelius. No entanto, devido à complexidade do tratamento, Derek perdeu um rim e ficou com um quadro de dormência permanente nas pernas, embora ele conte que isso não o atrapalha no dia a dia e leve a experiência como uma lição de vida.
“Eu vejo minha vida de maneira diferente agora porque sinto que tive uma experiência de quase morte. Quando tive meu diagnóstico, parecia que não havia esperança alguma. Absolutamente nenhum e que eu só tinha alguns meses de vida. Agora eu conto minhas bênçãos todas as manhãs e penso em como sou sortuda. Só espero que, quando as pessoas lerem minha história, tentem obter uma segunda opinião, porque isso pode salvar mais vidas”, diz o aposentado.