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‘Igreja é lugar seguro para abusador’, diz Ana Akiva, ex-pastora que virou modelo de conteúdo adulto

Ana Akiva já foi Miss Bumbum e hoje vende fotos sensuais na internet

Ex-pastora de uma igreja evangélica no interior de São Paulo, a modelo Ana Akiva, de 36 anos, rompeu o casamento com o líder religioso Youssef Akiva e passou a vender conteúdo adulto, como fotos sensuais, na internet. Ela acumulava 100 mil seguidores nas redes sociais, antes de ter a conta banida, no sábado.

“Estão tentando me calar. Estão com medo, porque eu sei muita coisa. A informação que eu tive é que iriam fazer mutirão para tirar [minha conta] do ar. Estão com medo de que? Acham que me calar vão mudar a vida de vocês? Prezo por minha segurança física, e já estou a procura de um segurança para me acompanhar sempre”, escreveu. Ana acusa o ex-marido de abusos psicológicos e emocionais.

— Minha luta agora é contra relações abusivas. Sei que estou mexendo com pessoas poderosas, que comandam grandes igrejas, mas não tenho medo. Resolvi quebrar o silêncio. Quando era casada, ele me proibia de trabalhar fora e ter amizades. Vivia pela família e pela igreja. É difícil ser feliz ao lado de alguém que controla sua vida e que nunca te coloca para cima, que te chama de lixo, cospe na sua cara, muitas mulheres passam por isso dentro da igreja e sofrem caladas assim como eu.

Segundo a modelo, relatos de mulheres vitimas de “narcisistas que se escondem atrás da religião” são cada vez mais comuns.

— A igreja é um lugar seguro para o abusador, pois ali ele pode colocar seu plano em prática usando a palavra de Deus. Alguns versículos falam de submissão, obediência e silêncio. Sofri muito tempo, perdoando todos os abusos porque entendia que era minha obrigação, — conta.

Antes da conversão, em 2015, ela foi Miss Bumbum e modelo. Hoje, ela vende conteúdo adulto para plataformas como OnlyFans e Privacy. Segundo Ana, o ex-marido a deixou desamparada depois do fim do casamento.

Mesmo afastada da liderança na Igreja e do título de pastora, a influenciadora afirmou que conteúdos ‘sensuais’ não a diminui “como filha de Deus e nem como pessoa”. O primeiro ensaio foi produzido em recente viagem ao Caribe e já rendeu R$ 40 mil em assinaturas.

— Eu fui de verdade, fui leal e fiel, tanto na igreja quanto no meu casamento, mas tenho o livre arbítrio de não querer estar em um lugar que era para ser santo, que era para ser bom, mas não está sendo. Lá é pior que vender nudes.

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