Europa

Islândia tem novo governo e pode retomar negociações para entrada na UE

Líder do Partido Independência, Bjarni Benediktsson foi nomeado primeiro-ministr

O Partido Independência, de centro-direita, conseguiu nesta quarta-feira (11) formar uma coalizão de governo na Islândia, com as siglas menores Reforma e Futuro Brilhante. Com isso, o país superou um impasse de quase três meses após uma eleição que não teve um vencedor claro.

Juntos, os três partidos controlarão 32 das 63 cadeiras do Parlamento, uma maioria mínima. O líder do Partido Independência Bjarni Benediktsson, foi nomeado primeiro-ministro. O líder do Reforma, Benedikt Johannesson, será o ministro das Finanças.

Benediktsson já havia dito na terça-feira que o novo governo deseja que o Parlamento vote se o país deve voltar a negociar sua entrada na União Europeia. A Islândia havia pedido para entrar no bloco em 2009, mas retirou o pleito em 2015.

Na eleição de 29 de outubro, o radical Partido Pirata, que defende a democracia direta e a liberdade digital, conseguiu 10 cadeiras no Parlamento. A maioria dos islandeses, porém, votaram por continuidade, já que o Partido Independência fez parte do governo anterior.

Benediktsson foi ministro das Finanças no governo anterior. O ex-premiê Sigmundur David Gunnlaugsson renunciou após o vazamento de detalhes sobre contas dele, no caso dos Panamá Papers. Benediktsson também foi citado no mesmo caso como tendo uma fatia de uma companhia de investimentos sediada nas Ilhas Seychelles.