Jornal argentino Clarín sofre ataque com coquetéis molotov
Grupo de nove encapuzados atacou a sede do diário de maior circulação da Argentina na noite de segunda-feira
Um grupo formado por pelo menos nove encapuzados atacou a sede do jornal argentino Clarín, o mais tradicional do país, na noite de segunda feira (22). Os criminosos atiraram sete coquetéis molotov em direção ao jornal. Seis bombas explodiram sem causar maiores danos e uma não detonou. O artefato incendiário que falhou foi recolhido para laudo pericial.
Câmeras se segurança do Clarín registraram o atentado. Os coquetéis foram lançados na calçada e no hall de entrada. A equipe de segurança formalizou uma denúncia à polícia às 23h05. O molotov é feito com garrafas e líquidos explosivos. Houve um início de incêndio em frente ao edifício Arte Gráfico Editorial Argentino (Agea), mas o fogo foi rapidamente controlado.
A investigação policial sobre o caso trabalha com a hipótese de “intimidação pública”. Há peritos em vestígios e do esquadrão antibomba trabalhando na equipe.
Clarín condena gesto de “violência e intolerância”
Em comunicado, o Grupo Clarín condenou “uma expressão violenta de intolerância contra um meio de comunicação”. “Lamentamos e condenamos este grave fato que à primeira vista aparece como uma expressão violenta de intolerância contra um meio de comunicação. Aguardamos seu urgente esclarecimento e punição”, disse a nota.
O presidente argentino, Alberto Fernández, condenou o ataque e pediu que “os fatos sejam esclarecidos e os perpetradores identificados a partir da investigação em andamente”. “Quero expressar nosso repúdio ao episódio ocorrido em frente à sede do jornal Clarín. A violência sempre altera a convivência democrática”, disse o presidente numa rede social.