Mácron promete mobilização internacional para salvar a Amazônia
Na quinta-feira, 22, Macron, chamou a situação das queimadas na Amazônia de "crise internacional" e afirmou que o tema deve ser discutido em reunião no G7 .
O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou que a cúpula do G7 (grupo de países ricos, formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) que começa neste sábado, 24, trabalhará para mobilizar os sete países que integram o grupo na luta contra o incêndio na Amazônia e para investir no reflorestamento.
Em mensagem transmitida pela televisão e divulgadas poucas horas antes do início oficial da cúpula em Biarritz, Macron ressaltou que a Amazônia é um “bem comum” e insistiu para que a floresta tropical esteja no topo da agenda da reunião.
“Vamos fazer não só um apelo, mas uma mobilização de todas as potências que estão aqui, em associação com os países da Amazônia, para investir em primeiro lugar para lutar contra esses incêndios em andamento”, disse, além de destacar que a França também é um dos países amazônicos por meio do território da Guiana Francesa.
“O oceano e a floresta que arde na Amazônia nos chamam. Nós temos que respondê-los e de uma maneira concreta”, escreveu Macron no Twitter.
Macron acrescentou que há planos de se investir em reflorestamento e para permitir aos povos locais e a ONGs desenvolver atividades adequadas para “preservar esse tesouro da biodiversidade”.
Na quinta-feira, 22, Macron, chamou a situação das queimadas na Amazônia de “crise internacional” e afirmou que o tema deve ser discutido em reunião no G7 .
Conselho Europeu diz ser ‘difícil imaginar’ acordo com Mercosul com queimadas na Amazônia
Na abertura do G7, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, afirmou que é “difícil imaginar” um possível acordo de livre comércio entre o bloco europeu e o Mercosul após a postura do governo brasileiro frente aos incêndios florestais na Amazônia.
“É claro que apoiamos o acordo entre a UE e o Mercosul (…), mas é difícil imaginar um processo de ratificação enquanto o governo brasileiro permitir a destruição”, afirmou Tusk.
O presidente do Parlamento Europeu (PE), David Sassoli, lançou neste sábado uma campanha para que prefeitos de cidades da Europa plantem árvores em resposta à destruição causada pelos incêndios na Amazônia e na região russa da Sibéria.
“Diante dos desastres na Amazônia e na Sibéria, são necessárias ações concretas. Convido todos os prefeitos da Europa a plantar pelo menos uma árvore”, disse Sassoli no Twitter.
Os incêndios florestais que ocorrem na região da Amazônia há mais de dez dias geraram reação da comunidade internacional e de ONGs ambientalistas, que lamentam os efeitos da destruição.
Embora tenham recebido menos atenção midiática, também foram devastadores os incêndios na Sibéria, na Rússia, onde as autoridades não são obrigadas a controlá-los quando ocorrem em algumas áreas remotas.