Mais de 80 pessoas são levadas à justiça após estupro coletivo na África do Sul
Na quinta-feira (28), uma gangue de homens armados invadiu um set de videoclipe e estuprou oito mulheres
Mais de 80 pessoas compareceram, nesta segunda-feira (1º), a um tribunal na África do Sul para uma audiência depois de um estupro coletivo contra oito mulheres que chocou o país. Ninguém foi indiciado ainda, mas a polícia acusou imigrantes ilegais que trabalhavam em minas da área, prendendo 84 pessoas em uma operação.
Na última quinta-feira (28), uma gangue de homens armados invadiu um set de videoclipe e estuprou oito mulheres perto de Krugersdorp, uma pequena cidade a oeste de Joanesburgo.
Dois outros suspeitos foram mortos em um tiroteio com a polícia e um terceiro ficou ferido, segundo fontes policiais.
Nesta segunda, os detidos começaram a comparecer perante o tribunal sob a acusação de terem entrado ilegalmente no país e de estarem na posse de bens roubados. Houve manifestação na porta do tribunal.
O chefe da Polícia Nacional, Fannie Masemola, disse que está investigando se os suspeitos estiveram envolvidos no estupro.
O presidente Cyril Ramaphosa descreveu esses “atos horríveis de brutalidade” como “uma afronta aos direitos das mulheres” e disse que “estupradores não têm lugar em nossa sociedade”.
O crime alimentou um debate em curso na África do Sul sobre castração química para estupradores e também pressiona o governo, pois a oposição diz que a polícia está mal equipada para combater o crime no país, que tem uma das maiores taxas de homicídio do mundo.