Modelos se unem para criar um código contra o assédio no meio de trabalho
Pessoas especializadas serão responsáveis por monitorar trabalhos e as tops terão meios seguros e confidenciais de denunciar seus empregadores.
“Todas as empresas de nosso setor dizem detestar o assédio sexual e que querem manter seguros os trabalhadores”, diz a carta aberta publicada no site do Respect Program e endereçada aos membros da indústria da moda. “Acreditamos que, se uma empresa leva a sério a nossa proteção, ela está disposta a ir além de meras premissas. Juntos, poderemos criar um ambiente de trabalho no qual a colaboração e a criatividade floresçam, no qual ninguém tema ser assediado, abusado, discriminado ou violentado.”
O texto leva a assinatura de mais de 100 modelos, entre elas estão Doutzen Kroes, Milla Jovovich e Edie Campbell.
O programa também irá trabalhar com cursos para que profissionais ofereçam um ambiente de trabalho saudável para as modelos, não só focando no assédio sexual, mas também em saúde, bem-estar, distúrbios alimentares e abuso de substâncias tóxicas
Pessoas especializadas serão responsáveis por monitorar trabalhos e as tops terão meios seguros e confidenciais de denunciar seus empregadores.
“Em caso de violações do nosso código de conduta por parte de um fotógrafo ou de qualquer outro prestador de serviço, iremos pedir que editoras e marcas não trabalhem mais com estes indivíduos”, continua o texto. “Grifes e publicações participantes do acordo darão preferência para trabalhar com outros membros do Programa.”
Nas próximas semanas, a ex-modelo e fundadora da Model Alliance, Sara Ziff, irá visitar as principais editoras e marcas de luxo para apresentar o projeto e pedir apoio. “Demitir um ou outro abusador não é o bastante. Para acabar com o assédio é preciso de uma ação mais abrangente”, disse.