Morre o presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli, aos 65 anos
Italiano encerraria seu período à frente da instituição neste mês; eleição está marcada para 18 de janeiro
O presidente do Parlamento Europeu, o italiano David Sassoli, morreu nesta terça-feira (11) aos 65 anos em um hospital na Itália depois de duas semanas internado por uma disfunção do sistema imunológico, disse seu porta-voz.
Horas antes de anunciar a morte, o porta-voz havia relatado a hospitalização do presidente do Parlamento Europeu e a suspensão de suas atividades oficiais.
O italiano, que tinha um histórico de leucemia, já havia sido internado em 2021 por causa de uma pneumonia que o manteve afastado da atividade parlamentar por várias semanas.
O mandato deste ex-jornalista, apresentador de notícias em Itália, começou em 2019 e expirava este mês, já que presidência corresponde à metade de um mandato no legislativo europeu, de 5 anos. A eleição de seu sucessor está marcada para 18 de janeiro.
Em meados de dezembro, seu grupo, os social-democratas (segunda maior força no parlamento), renunciou a apresentar um candidato, abrindo a porta para a candidata de direita, da maltesa Roberta Metsola, atual primeira vice-presidente da instituição.
Deputado europeu desde 2009, Sassoli foi eleito em julho de 2019 como presidente da Câmara após um acordo para distribuir a presidência dos principais cargos de responsabilidade da União Europeia entre as três maiores coalizões no bloco.
Em virtude desse pacto, a direita ganhou a presidência da Comissão Europeia com Ursula von der Leyen e os liberais de centro ficaram com a liderança do Conselho Europeu com Charles Michel.
O seu mandato foi marcado pela crise sanitária que obrigou o Parlamento Europeu, única instituição comunitária diretamente eleita no bloco, a trabalhar remotamente.
Durante este tempo, Sassoli cedeu as instalações vazias do Parlamento para a preparação de refeições para pessoas necessitadas e a instalação de um centro de testagem para covid-19.
Em meados de novembro, Sassoli recebeu “apoio unânime” de seu grupo para concorrer a um segundo mandato. Mas então ele evitou se declarar oficialmente candidato e seu estado de saúde encheu sua candidatura de incertezas.