Saúde

Não secar corretamente as mãos é pior do que deixá-las sujas, diz cientista; entenda

85% das bactérias contaminam superfícies quando os dedos ainda estão úmidos. Confira oito passos de como fazer o processo

Foto: Freepik

Durante a pandemia de coronavírus as pessoas foram ensinadas inúmeras vezes o jeito certo de lavar as mãos. O tempo é de, ao menos, 20 segundos, precisa ensaboar todos os dedos e lavar entre eles também, entretanto, foram poucos, ou quase nulos, as táticas aprendidas sobre a secagem das mãos. Um cientista britânico afirma que esse processo é tão importante quanto lavar as mãos, pois não seca-las é pior do que deixa-las sujas.

Pesquisas sugerem que 85% dos micróbios espalhados por pessoas que contaminam superfícies ocorrem quando as mãos ainda estão úmidas. David Webber, um microbiologista com 50 anos de experiência, afirmou que as pessoas que não secam as mãos adequadamente são descritas como “antissociais”, justamente por estarem espalhando mais bactérias do que se não tivessem lavado as mãos.

Como parte de sua busca para melhorar a higiene pública, Webber, classificou oito métodos de como secar a mão com perfeição. Do melhor ao pior, são eles: O primeiro ele chama de “cirurgião”, que consiste em passar os dedos por todos os cantos e recantos sob um secador de mãos. Isso ajudará a garantir que as mãos estejam completamente livres de umidade e livres de bactérias.

A segunda melhor maneira de secar as mãos é torcê-las sob um secador, usando o atrito extra para ajudar a remover gotículas de água. Em seguida vem o aperto de mãos para remover a umidade e chocalhar as mãos para tirar o excesso de água, porém, nessa fase, as gotículas podem se espalhar pelo banheiro. Webber pede que as pessoas tenham atenção para que a água em excesso recaía somente sob a pia.

“A pesquisa demonstrou que a transferência de bactérias estava diretamente relacionada ao tempo e eficácia da secagem das mãos, a transferência de bactérias diminuiu progressivamente à medida que a água foi removida”, afirma o microbiologista.

A quarta maneira de secagem mais eficaz é usar toalhas de papel, embora o médico afirme que isso é um desperdício. Usar papel higiênico é considerado anti-higiênico, porque deixa pequenos pedaços de papel contaminado em suas mãos.

“A pandemia concentrou a atenção na maneira correta de lavar as mãos com orientações publicadas da OMS, CDC e NHS. No entanto, não houve tal orientação sobre os procedimentos corretos para secar as mãos que são igualmente importantes”, explica Webber.

Secar as mãos na calça, saias e demais roupas também não é recomendado, pois as bactérias podem ser transferidas para o tecido de cada vestimenta, anulando o propósito de lavar as mãos. Colocar esse resto de água para umidificar os fios de cabelo também correm o risco de pegar micróbios do couro cabeludo, incluindo as bactérias que causam acne.

Esses métodos são importantes, pois podem causar problemas como intoxicação alimentar, diarreia e até mesmo infecções no trato urinário.

Em oitavo e último lugar, Webber, colocou a pessoa que evita secar as mãos. Este é o pior no grau de eficácia, pois permite que as gotículas transfiram vírus e bactérias para todas as superfícies com as quais entram em contato.

“Do ponto de vista da higiene, seria melhor não lavar as mãos”, disse Webber.

Como lavar as mãos corretamente

O sistema de saúde inglês (NHS) recomenda que os britânicos lavem as mãos por pelo menos 20 segundos, o tempo necessário para cantar parabéns duas vezes.

As pessoas devem molhar as mãos antes de aplicar o sabão, depois use uma mão para esfregar as costas da outra mão e limpe entre os dedos. Faça o mesmo com a outra mão. Esfregue o polegar com a outra mão e vice versa. Esfregue as pontas dos dedos na palma da outra mão e por fim enxágue as mãos com bastante água.

Seque as mãos completamente com uma toalha descartável e use uma toalha descartável para fechar a torneira.