‘Não vamos nos render’, diz líder dos soldados ucranianos em Mariupol
Ele argumentou que sua brigada, localizada na usina siderúrgica de Azovstal, criada na época soviética, não poderia repetir o erro de outras tropas ucranianas
O comandante da 36ª Brigada de Fuzileiros Navais da Ucrânia, força remanescente na portuária cidade de Mariupol, sitiada há semanas, afirmou que, ao contrário do que pedem os russos, eles não vão se render.
“Vamos continuar conduzindo e completando as operações militares que nos forem enviadas e não vamos depor nossas armas”, afirmou Serhi Volina ao jornal americano The Washington Post nesta terça-feira (19).
Ele argumentou que sua brigada, localizada na usina siderúrgica de Azovstal, criada na época soviética, não poderia repetir o erro de outras tropas ucranianas que acreditaram nas garantias de cessar-fogo de Moscou. “Ninguém acredita nos russos”, disse.
Volina foi enviado para Mariupol ainda no início da invasão russa. O fuzileiro também disse que ao menos 500 pessoas, entre combatentes e civis, estão feridos e que não há medicamentos disponíveis. Combatentes e civis abrigam-se em sistemas de túneis da fábrica para se proteger dos ataques aéreos e terrestres.
Ele se recusou, no entanto, a fornecer o número de fuzileiros ucranianos ali localizados. Entre o contingente, estão homens do Batalhão Azov, milícia ligada a ideologias nazistas que surgiu no país em 2014 e foi parcialmente incorporada às forças de segurança.