Seu gabinete, no entanto, não forneceu detalhes sobre desentendimentos, mas Maduro disse anteriormente que não se afastará da Presidência. Guaidó se autodeclarou presidente interino em janeiro e denunciou Maduro como ilegítimo, depois de ter conseguido a reeleição no ano passado em uma votação criticada como fraudulenta.
“Esta reunião terminou sem acordo. Nós insistimos que a mediação será útil para a Venezuela sempre que houver elementos que nos permitam avançar em apoio a uma verdadeira solução”, afirmou o gabinete em comunicado.
Os representantes do líder da oposição disseram que estavam dispostos a continuar o processo com o governo norueguês.
A anfitriã Noruega falou em “boa vontade” dos dois lados nesta segunda rodada de conversas.
“As partes têm demonstrado boa vontade para progredir em busca de uma solução consensual e constitucional para o país, o que inclui questões políticas, econômicas e eleitorais”, informouy o Ministério das Relações Exteriores da Noruega.
Em nota, o governo norueguês conclamou os dois lados a mostrar discrição nos comentários públicos para não prejudicar o processo.
A Noruega tem longa tradição de mediação de conflitos, mas encara uma tarefa árdua para resolver a crise da Venezuela, que se tornou um xadrez geopolítico no qual dezenas de nações ocidentais e latino-americanas reconhecem Guaidó, enquanto Rússia e China apoiam Maduro.
O colapso econômico levou mais de 3 milhões de venezuelanos a emigrarem nos últimos anos, e os protestos políticos muitas vezes resultaram em violência.