Ameaça

Otan defende política de dissuasão nuclear em relação à Coreia do Norte

"Ninguém quer guerra. Mas, ao mesmo tempo, é preciso evitar que a Coreia do Norte siga desenvolvendo mísseis e armas nucleares por meios diplomáticos", disse Stoltenberg

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), o norueguês Jens Stoltenberg, defendeu nesta terça-feira (7) uma “política de dissuasão” da aliança militar frente a “ameaça” dos programas nucleares e de mísseis balísticos da Coreia do Norte, e lembrou que a organização tem “capacidade e determinação para responder a qualquer agressão”. A informação é da agência EFE.

“Os programas norte-coreanos representam uma ameaça para os aliados da Otan, nossos parceiros e o regime internacional de não proliferação [de armas nucleares]”, disse Stoltenberg em entrevista coletiva, na véspera de uma reunião de dois dias dos ministros da Defesa da Otan, que terá a Coreia do Norte como um dos temas na agenda.

“As ameaças globais requerem uma resposta global”, afirmou o secretário-geral, que destacou que a Otan “mantém uma forte política de dissuasão” e tem “capacidade e determinação para responder a qualquer agressão”.

Japão e Coreia do Sul

Stoltenberg viajou na semana passada ao Japão e à Coreia do Sul e concordou com as autoridades locais ao afirmar que o comportamento da Coreia do Norte “não é apenas uma ameaça para a região, mas também para os aliados e para a paz e a segurança mundiais”.

Após a reunião com os representantes do Japão e da Coreia do Sul, a Otan disse concordar “que é preciso exercer pressão máxima sobre a Coreia do Norte para que seja possível conseguir uma solução negociada e pacífica para a crise”.

“Ninguém quer guerra. Mas, ao mesmo tempo, é preciso evitar que a Coreia do Norte siga desenvolvendo mísseis e armas nucleares, por meios diplomáticos, mas também através de sanções econômicas que devem ser implementadas”, advertiu Stoltenberg, que já exerceu o cargo de primeiro-ministro da Noruega.

Ele assinalou que a Otan “respondeu às ameaças nucleares e balísticas durante décadas”, e que na Guerra Fria mostrou sua “determinação e capacidade de responder a esses ataques. Agora, este continua sendo o caso”, comentou Stoltenberg, que acrescentou que “a possibilidade de responder a ataques é a melhor maneira de evitá-los”.