Papa pede diálogo na Colômbia e defende ‘direito de se manifestar pacificamente’
O Papa pediu, neste domingo, um “diálogo sério” para encontrar uma saída para a crise…
O Papa pediu, neste domingo, um “diálogo sério” para encontrar uma saída para a crise social na Colômbia, iniciada com as manifestações em 28 de abril e agravada pela repressão policial — pelo menos 42 pessoas já morreram nos atos —, e defendeu “o direito de se manifestar pacificamente”.
— A situação na Colômbia continua sendo preocupante. Nesta solenidade de Pentecostes, rezo para que o querido povo colombiano saiba acolher [o Espírito Santo] de forma que, por meio de um diálogo sério, encontre soluções justas aos diversos problemas que enfrenta, especialmente os mais pobres devido à pandemia — declarou Francisco durante oração.
O Papa pediu também às forças de segurança para “evitarem, por razões humanitárias, comportamentos prejudiciais para a população no exercício de seu direito de se manifestar pacificamente”.
Esta não é a primeira vez que o Papa se manifesta sobre os protestos na Colômbia. Em 9 de maio, ele expressou preocupação com a violenta repressão nas manifestações.
— Quero expressar minha preocupação com as tensões e os enfrentamentos violentos na Colômbia, que deixaram muitos mortos e feridos — disse o Pontífice. — Há muitos colombianos aqui, rezamos por seu país.
Em 17 de maio, o governo de Iván Duque e o Comitê Nacional de Greve, que reúne parte dos setores que protestam contra o governo, fizeram a segunda reunião, mas não chegaram a um consenso para pôr fim aos protestos. O comitê pedia a Duque que condenasse “de maneira explícita e contundente os abusos da força pública” e reconhecesse a “responsabilidade” nas agressões durante os protestos, entre outras demandas.