Partido Comunista obriga chineses a tirar imagens cristãs de casa
A “sugestão” é para que os chineses passem a adorar o Partido. A notícia foi publicada pela CBS e pela revista eletrônica Bitter Winter.
De acordo com a rede de notícias CBS News, o Partido Comunista chinês “orientou” a população do País a abandonar imagens cristãs e retirá-las de casa, sob ameaça de corte de benefícios fiscais em plena pandemia. A “sugestão” é para que os chineses passem a adorar o Partido. A notícia também foi publicada na revista eletrônica Bitter Winter.
O texto publicado pela CBS – que tem histórico de cobrir questões relacionadas a liberdade religiosa na China – diz ter ouvido a testemunha de uma reunião realizada em Linfen, na província de Shanxi, norte da China, com autoridades das vilas da região para tratar do “recomendação”.
O representante de Pequim deu ordem para que fossem removidas todas as cruzes, símbolos e imagens religiosas as casas que recebem auxílio do governo durante a pandemia. Em vez de símbolos da liturgia cristã, devem ser afixados retratos de Mao Tsé-Tung e do presidente Xi Jinping.
Pelo menos duas pessoas disseram à Bitter Winter que membros do partido Comunista estiveram em suas casas, arrancaram quadros com a imagem de Jesus e colocaram imagens de Mao no lugar. Outros chineses contam que tiveram os seus benefícios cancelados.
Em 2014, a revista Exame relatou que o governo havia dado, só no primeiro semestre do ano, ordem para demolição de 163 igrejas cristãs e para remoção de cruzes em domicílios na China. O Centro de Pesquisa Pew estima a existência de pelo menos 9 milhões de católicos no País.