Peste suína africana chega às Américas e deixa autoridades em alerta
A confirmação do segundo caso de peste suína africana no continente americano acendeu o sinal…
A confirmação do segundo caso de peste suína africana no continente americano acendeu o sinal de alerta na região.
O primeiro havia ocorrido na República Dominicana, há poucas semanas. O segundo confirmado pela OIE (Organização Mundial da Saúde Animal) foi registrado no Haiti.
Até então sem a presença dessa doença, os países produtores e exportadores do continente sempre tiveram livre trânsito em grandes mercados, como o da China.
A ocorrência do caso haitiano preocupa os países produtores americanos porque o Haiti passa por uma grave crise social, levando parte de sua população a buscar domicílio em outros países.
A contaminação ocorre, em geral, pelo trânsito de comida entre as regiões. Foi o que ocorreu no final da década de 1970 no Brasil, quando a doença chegou por meio de restos de comida contaminada, que foi destinada à alimentação de porcos.
A peste suína, depois que chega a uma região, é difícil de ser erradicada. A China, maior produtora e consumidora de carne suína no mundo, perdeu 40% de seu rebanho a partir de 2018, quando foi afetada pela doença.
Os chineses produziam 54,5 milhões de toneladas de carne suína em 2017, antes do surgimento da doença em seu rebanho, volume que recuou para 36,4 milhões no ano passado, segundo dados do Usda (Departamento de Agricultura dos EUA).
A restauração total do rebanho chinês ainda demora alguns anos. O país, embora tenha adotado medidas bastante severas para o controle da doença, teve uma segunda onda neste ano.
O sinal de alerta acendeu em todos os países produtores, mas um dos mais preocupados, devido à proximidade com o Haiti, é o México.
Uma eventual chegada da doença em território mexicano colocaria em risco também a produção dos demais países da América do Norte, devido ao intenso trânsito de mercadorias entre eles, provocado pelo acordo de livre comércio.
O maior rebanho de suíno nas Américas está nos Estados Unidos, somando 77 milhões de cabeças. Brasil e México vêm a seguir, com 37 milhões e 35, milhões, segundo dados do Usda.
A demanda chinesa fez a exportação brasileira de carne suína avançar muito nos anos recentes. Neste ano, deverá superar 1 milhão de toneladas.
O Ministério da Agricultura e entidades do setor têm desenvolvido programas para a contenção da chegada da doença no país. Essa ação deve ser efetiva não só em aeroportos e portos, mas também se estender para as fronteiras secas.
Fertirrigação A Cibra inaugurou nesta terça-feira (21) a fábrica de fertilizantes de Uberaba (MG), comprada da Heringer e totalmente reformada. Além das tradicionais misturas, a nova unidade terá uma máquina para a produção de hidrossolúveis, fertilizantes para sistema de fertirrigação.
Estratégica Santiago Franco, CEO da empresa, diz que a escolha do Triângulo Mineiro é estratégica, devido à importância dessa região no agronegócio brasileiro. Cana-de-açúcar e café estão no alvo da empresa na região.
Produção A Cibra prevê atingir a produção de 3 milhões de toneladas de fertilizantes até 2025. A planta de Uberaba deverá chegar a 400 mil toneladas, após a aplicação de recursos no valor de R$ 55 milhões. Pelo menos 15 mil toneladas serão de hidrossolúveis.
Investimentos Sediada em Salvador, a Cibra tem 11 unidades produtivas no país e prevê investimentos de R$ 400 milhões em cinco anos.