Raio mata 16 que tiravam selfie na Índia
Vinte e sete pessoas estavam no local quando o incidente aconteceu
Um raio matou pelo menos 16 pessoas e feriu outras na cidade de Jaipur, no norte da Índia, no domingo (11). As vítimas estavam tirando selfies sob a chuva no topo de uma torre de vigia em uma atração turística da cidade. Estavam no Forte de Amber, uma fortaleza histórica do século 12.
Vinte e sete pessoas estavam no forte quando o incidente aconteceu. Algumas teriam se jogado no chão. Uma autoridade policial disse à imprensa que a maioria dos mortos era jovem.
Só no domingo houve mais nove mortes causadas por raios em todo o Estado de Rajasthan, onde Jaipur está localizada, de acordo com relatos da imprensa local. Os raios matam cerca de 2.000 indianos em média todos os anos, de acordo com dados oficiais.
Outros casos
Dezenas de pessoas também morreram por causa de raios nos estados de Uttar Pradesh e Madhya Pradesh, também no norte da Índia.
Pelo menos 41 pessoas —a maioria mulheres e crianças— morreram em Uttar Pradesh. Em um dos casos, na cidade de Firozabad, dois homens foram atingidos enquanto se abrigavam sob uma árvore. Em Madhya Pradesh, foram pelo menos sete mortes.
Especialistas dizem que o número de vítimas é alto nos dois Estados porque um grande número de pessoas trabalha ao ar livre na agricultura e construção. Os ministros-chefes dos Estados e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, anunciaram uma indenização para as famílias dos que morreram.
Mortes por raio sobraram
A temporada de monções da Índia provoca chuvas pesadas e normalmente dura de junho a setembro. O Departamento Meteorológico da Índia disse que mortes por raios dobraram no país desde os anos 1960 —um dos motivos que citaram foi a crise climática.
Os dados mostram que os acidentes com raios aumentaram de 30% a 40% do início dos anos 1990 até meados da década. Em 2018, o estado de Andhra Pradesh, no sul do país, registrou 36.749 relâmpagos em apenas 13 horas.
As autoridades dizem que os raios são mais comuns em áreas com cobertura de árvores mais rala, deixando as pessoas vulneráveis a ataques.