CEPA

Reino Unido identifica seis casos da variante de Manaus do coronavírus

Três casos foram encontrados na Inglaterra e outros três, na Escócia

Grávida de 42 anos é a 1ª morte confirmada pela variante delta da Covid-19 no Brasil (Foto: Reprodução / Pixabay)

Seis casos da variante do novo coronavírus identificada na cidade de Manaus, no Amazonas, foram detectados pela primeira vez no Reino Unido, disseram autoridades de saúde inglesas neste domingo (28).

Três casos foram identificados na Inglaterra e outros três, na Escócia.

O risco para a comunidade em geral é considerado baixo, mas, como precaução, as autoridades que investigam os casos ingleses estão agindo rapidamente para implantar testes em massa e aumentar o sequenciamento de amostras positivas de coronavírus da área, disse a Public Health England (PHE), agência do Departamento de Saúde do Reino Unido.

Dois dos três casos encontrados na Inglaterra eram de uma família na área de South Gloucestershire que tinha um histórico de viagens ao Brasil. Há um terceiro caso, atualmente não vinculado, disse a PHE.

Os casos escoceses não estavam ligados aos da Inglaterra.

Variante

A variante P.1 detectada em Manaus compartilha algumas mutações com uma cepa identificada pela primeira vez na África do Sul e é possível que responda menos às vacinas atuais, mas é necessário mais trabalho para entender isso, disse a agência.

Susan Hopkins, diretora de resposta estratégica da PHE para a covid-19, disse que os avançados recursos de sequenciamento de genes no Reino Unido explicam por que o país está identificando mais variantes e mutações do que muitas outras nações.

No final do ano passado, o Reino Unido detectou uma variante mais transmissível do coronavírus, que acredita-se ter se originado perto de Londres e levou a um aumento acentuado de casos no país e em outras nações.

“O importante a ser lembrado é que a covid-19, não importa qual variante, se espalha da mesma maneira. Isso significa que as medidas para impedir sua propagação não mudam”, disse Susan.

A agência PHE e o sistema oficial de teste e rastreamento estavam acompanhando todos os passageiros do voo LX318 da Swiss Air de São Paulo para Londres via Zurique, que pousou no aeroporto londrino de Heathrow em 10 de fevereiro, para testá-los, bem como seus familiares.