Saiba qual é o medicamento que aumenta em 60% chances de paciente na luta contra câncer de pulmão
Resultados de estudo são considerados “extraordinários”
Um medicamento produzido pela Pfizer apresentou resultados considerados “extraordinários” em pacientes com câncer de pulmão avançado. Cerca de seis em cada dez pacientes que receberam o comprimido diário de lorlatinibe sobreviveram durante cinco anos sem progressão da doença. O estudo foi apresentado na conferência da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, em Chicago, nos Estados Unidos.
Para a pesquisa, participaram 296 pessoas diagnosticadas com câncer de pulmão de não pequenas células, causada pela mutação do gene ALK. Essa é uma forma agressiva da doença que muitas vezes se espalha para o cérebro. Um quarto dos pacientes já tinha visto o câncer se espalhar para o cérebro.
O lorlatinibe se liga à proteína ALK presente na superfície das células, bloqueando assim o crescimento de tumores e interrompendo o desenvolvimento do câncer. Os resultados mostraram que, após cinco anos, 60% dos pacientes que receberam o novo tratamento sobreviveram sem progressão — ou seja, sem piora — da condição, em comparação com apenas 8% daqueles que receberam o tratamento padrão com crizotinibe. Isso representa uma redução contínua de 81% no risco de progressão ou morte.
Os pacientes foram submetidos a exames cerebrais a cada oito semanas, revelando que o lorlatinibe impediu a disseminação do câncer para o cérebro e evitou o crescimento de qualquer tumor cerebral existente. Este resultado foi considerado inédito pelos cientistas.
A equipe explicou que ainda não é possível determinar os números exatos dos anos de vida ganhos pelos pacientes, pois a maioria dos participantes não apresentou progressão da doença.
“Esta é a sobrevida livre de progressão mais longa já relatada no câncer de pulmão de células não pequenas ALK+ e, de fato, até o momento, em qualquer terapia direcionada para câncer de pulmão”, afirmou o autor principal, Benjamin Solomon, em comunicado.
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