OPÇÕES

Saiba quem são os cotados para substituir Biden nas eleições dos EUA

Vice, Kamala Harris, está no topo da lista, que inclui governadores de Michigan, Califórnia, Illinois e Pensilvânia

Saiba quem são os cotados para substituir Biden nas eleições dos EUA (Foto: Casa Branca)

SÃO PAULO (FOLHAPRESS) – A decisão do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de desistir da candidatura à reeleição, anunciada neste domingo (21) ), abriu caminho para vários democratas proeminentes que aspiram a uma indicação do partido na corrida à Casa Branca.

No topo da lista está a vice-presidente Kamala Harris, mas governadores e outras figuras políticas também são frequentemente lembrados. Confira abaixo uma lista elaborada pelo jornal The New York Times que reúne alguns dos concorrentes em discussão.

Kamala Harris

Ex-procuradora e senadora da Califórnia, Kamala já teve dificuldades para definir seu papel ao lado de Biden. Inicialmente encarregada de lidar com a polêmica questão da migração ilegal, a advogada conseguiu achar seu espaço ao se tornar a principal voz da Casa Branca do direito ao aborto. Primeira vice-presidente negra, Kamala também trabalhou para fortalecer Biden com eleitores negros e jovens, um dos pontos fracos do democrata.

Gavin Newsom

O governador da Califórnia e ex-prefeito de São Francisco, Gavin Newsom, tem alguns benefícios claros: é um companheiro experiente de um estado importante que usou sua plataforma para criticar Trump e fortalecer o Partido Democrata. Porém, em uma eventual campanha, Newsom teria que explicar os vários problemas que a Califórnia enfrentou na última década: pessoas em situação de rua, altos impostos e custos crescentes de moradia, por exemplo.

Gretchen Whitmer

Governadora de Michigan e vice-presidente do Comitê Nacional Democrata, Gretchen Whitmer foi alçada a estrela nacional do partido, em partes, pelo próprio antagonismo com Trump, que se referia a ela como “aquela mulher de Michigan”. Em 2022, liderou a campanha que fez os democratas conquistarem a maioria do Legislativo do estado pela primeira vez em 40 anos, o que possibilitou a promulgação de uma lista extensa de políticas progressistas.

JB Pritzker

O governador de Illinois, JB Pritzker, destacou-se por seus insultos afiados contra Trump e pelas vitórias notáveis no direito ao aborto e controle de armas em seus dois mandatos à frente do estado. Herdeiro bilionário dos Hotéis Hyatt, Pritzker também tem a vantagem de dispor de uma fortuna estimada em cerca de US$ 3,5 bilhões (quase R$ 20 bilhões), que ele não hesita em usar em suas ambições políticas. Registros de campanha mostram que ele gastou um total de US$ 350 milhões (quase R$ 2 bilhões) em suas duas campanhas para governador.

Josh Shapiro

O governador da Pensilvânia, Josh Shapiro, ex-procurador-geral do estado, é conhecido como um líder ponderado que focou principalmente em questões não ideológicas durante seu mandato. A postura lhe rendeu uma taxa de aprovação de 64%, segundo uma pesquisa do Muhlenberg College divulgada em abril, em um estado que é imprescindível para qualquer opositor de Trump.

Outras possibilidades

Há outros nomes menos prováveis entre os cotados para a candidatura.

Alguns deles são o secretário de Transportes, Pete Buttigieg, e os senadores Cory Booker, de Nova Jersey, e Amy Klobuchar, de Minnesota. Todos os três já concorreram à presidência antes e são conhecidos dos eleitores democratas.

O governador de Kentucky, Andy Beshear, que foi reeleito em 2023, também ganhou atenção nacional por seu sucesso improvável como democrata em um estado republicano, onde Biden é profundamente impopular. Na ocasião, Beshear derrotou seu oponente republicano, Daniel Cameron, por 5 pontos, mesmo enquanto outros candidatos democratas em corridas estaduais perderam por margens avassaladoras.

E, finalmente, duas pessoas que já viveram na Casa Branca: Hillary Clinton e Michelle Obama, esposas dos ex-presidentes Bill Clinton e Barack Obama, respectivamente. Obama, aliás, embora ainda tenha uma avaliação alta entre os eleitores registrados, é impedido pela Constituição de concorrer a um terceiro mandato.