Steve Bannon se entrega à polícia nesta segunda, após indiciamento na sexta

Segundo informações da Associated Press, o ex-estrategista da Casa Branca (e de Donald Trump na campanha de 2016), Steve Bannon, se entregou à polícia nesta segunda-feira (15). Bannon foi indiciado por um júri federal, na última sexta (12), por duas acusações de desacato ao Congresso dos EUA.

Isto, porque não compareceu e nem forneceu documentos uma CPI do Congresso dos EUA, que é responsável por investigar os ataques de 6 de janeiro no capitólio, que foram incitados publicamente pelo ex-presidente Donald Trump.

Consta nos autos que Bannon não comunicou à comissão quando recebeu intimação para comparecer ao Congresso. Ele deveria responder de 24 de setembro até 7 de outubro, mas o advogado do ex-estrategista só enviou uma carta 7h após prazo.

Vale lembrar, Bannon já foi preso em agosto de 2020. À época, sob acusação de participar de um esquema de fraude de arrecadação de fundos para a campanha ‘We Build the Wall’ (‘Nós Construímos o Muro’). Ele deixou a prisão após pagar US$ 5 milhões em fiança.

Trump, contudo, concedeu perdão presidencial ao seu ex-estrategista antes da data de julgamento. Outro fato curioso é que Bannon nomeou o filho do presidente Bolsonaro (sem partido), Eduardo Bolsonaro, como líder na América Latina do ‘The Movement’ – um grupo internacional de direita -, em 2019.

Invasão ao capitólio

Um grupo de manifestantes pró-Trump invadiu o prédio do Congresso, onde ocorria a sessão que deveria confirmar a vitória de Joe Biden na eleição presidencial de novembro, em 6 de janeiro. A sessão foi suspensa, e o vice-presidente Mike Pence, que comandava o ato, foi levado para um local seguro.

— Isso foi o que vocês conseguiram caras! — disse o senador Mitt Romney ao deixar o plenário, aparentemente se dirigindo aos colegas que apoiaram a tentativa de Trump de derrubar os resultados do Colégio Eleitoral, segundo o New York Times.