O líder dos trabalhistas, Jeremy Corbyn, escreveu a May informando-a que as conversas do Brexit, que começaram em 3 de abril, foram “tão longe quanto podem” devido à instabilidade de seu governo.
“Não conseguimos superar diferenças de diretrizes importantes entre nós”, escreveu Corbyn, socialista que votou contra a filiação do Reino Unido à antecessora da UE em 1975, a May.
“Ainda mais crucial é que a fraqueza e a instabilidade crescentes de seu governo significam que não pode haver confiança em assegurar o que quer que seja combinado entre nós”, disse Corbyn.
Acrescentou que os trabalhistas se oporão ao acordo de May quando este voltar ao Parlamento no início do próximo mês.
O acordo de separação, que May acertou com a UE no ano passado, já foi rejeitado três vezes por um Parlamento profundamente dividido.
A libra esterlina caiu para US$ 1,275, seu nível mais baixo desde meados de janeiro.
Os trabalhistas temem que qualquer meio-termo em temas como os direitos dos trabalhadores seja descartado pelo sucessor de May.
A crise britânica do Brexit surpreende aliados e rivais, e o impasse em Londres faz com que a quinta maior economia do mundo enfrente opções como uma saída com acordo para suavizar a transição, uma saída sem um pacto, uma eleição ou um segundo referendo.
O impasse do Brexit não deve ser superado rapidamente. May submeterá o “Projeto de Lei (do Acordo de Retirada) da União Europeia” a uma votação no Legislativo no início de junho, embora rebeldes de seu partido tenham prometido rejeitá-lo. Depois, ela tem que aceitar um cronograma para a eleição de um sucessor.