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Trump critica tarifas impostas pelo Brasil: “Vamos taxar da mesma forma”

"A palavra 'recíproco' é importante. O Brasil nos taxa muito", disse o político

Foto: Agência Brasil

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira (16) que o Brasil é um dos países que mais taxam os produtos americanos e ameaçou responder na mesma moeda. “A palavra ‘recíproco’ é importante. O Brasil nos taxa muito. Se eles querem nos taxar, tudo bem. Taxaremos de volta”, declarou.

Essa foi a primeira vez que Trump citou o Brasil como alvo explícito de suas ameaças de aumento de tarifas. Segundo ele, a Índia também está no radar da nova política americana.

“Se a Índia nos cobrar 100% e nós não cobrarmos nada pela mesma coisa… Eles mandam uma bicicleta para nós, nós mandamos uma bicicleta para eles, eles nos cobram 100, 200. A Índia cobra muito, o Brasil cobra muito”, disse o político.

Sobre os riscos de inflação, Donald Trump afirmou que em seu primeiro mandato foram criadas muitas tarifas sem consequentes pressões inflacionárias. “Tarifas são a palavra mais linda no dicionário. Elas vão fazer nosso país rico”, disse.

Deportação de Trump deve afetar 230 mil brasileiros

Donald Trump venceu as eleições americanas com discursos duros contra a imigração, prometendo deportar em massa estrangeiros vivendo ilegalmente no país, incluindo milhares de brasileiros. Segundo o Pew Research Center, em 2022 havia 230 mil brasileiros vivendo sem documentos nos EUA, um aumento de 30 mil em relação ao ano anterior. Dados do Ministério das Relações Exteriores mostram que os EUA são o principal destino de migrantes brasileiros, com 1,9 milhão de brasileiros vivendo no país.

Assessores do presidente eleito avaliam ainda restringir a imigração para pessoas de baixa renda, deficientes ou com inglês limitado. As medidas incluem propostas já apresentadas no primeiro governo Trump. Entre elas estão a proibição de viagens de vários países de maioria muçulmana para os EUA, o congelamento do reassentamento de refugiados do exterior e a regra de “encargo público”, política que busca repelir imigrantes de baixa renda, deficientes ou com inglês limitado, para evitar que essas pessoas usem os benefícios públicos.