Crise no Chile

Viajante em Santiago deve andar com documento e cópia de passagem

A capital chilena ficou paralisada depois que manifestantes atacaram mercados e estações de metrô. Hotéis localizados no centro da cidade, onde houve concentração de protestos, registraram ocorrências

Mais distantes da capital Santiago, epicentro das manifestações do Chile, alguns dos destinos mais visitados do país não foram afetados com a instabilidade dos últimos dias, de acordo com o Serviço Nacional de Turismo (Sernatur) chileno.

Entre eles, estão localidades como San Pedro de Atacama, Ilha de Páscoa e Patagônia chilena.

A situação, porém, é diferente, em Santiago, mais atingida pela onda de protestos que completa oito dias. Os atos são o episódio mais grave em quase 30 anos, desde o final da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).

A capital chilena ficou paralisada depois que manifestantes atacaram mercados e estações de metrô. Hotéis localizados no centro da cidade, onde houve concentração de protestos, registraram ocorrências.

Com retomada do comércio e reabertura da maioria das estações de metrô, a normalidade volta lentamente à capital –outras manifestações, porém, estão sendo convocadas pelas redes sociais.

A recomendação do Sernatur é que o turista mantenha consigo o passaporte (ou RG) e a cópia de bilhetes de avião, trem ou ônibus.

A orientação vale sobretudo para a capital chilena, em que houve continuação do toque de recolher que vigorou durante a semana. Segundo a agência AFP, a restrição vai das 23h desta sexta (25) às 4h de 26 de outubro.

O aeroporto internacional Arturo Merino Benítez, em Santiago, opera normalmente.

Mas, como a oferta de transfers e táxis está se restabelecendo, o tempo de viagem pode sofrer alteração. Assim, é aconselhado sair com antecedência extra para ir ao aeroporto.

Nesta sexta (25) o Congresso Nacional do Chile, localizado em Valparaíso, foi esvaziado em medida preventiva devido às manifestações e aos confrontos com a polícia que ocorriam do lado de fora.

As manifestações começaram na semana passada motivadas por um aumento de de 3,75% no valor da tarifa de metrô e ganharam força a partir da última sexta (18).

O presidente do país, Sebastián Piñera, tentou voltar atrás e cancelar o aumento, mas a medida não conteve a onda de protestos e um estado de emergência foi decretado.

Os atos ganharam força e as reivindicações aumentaram, com críticas ao governo, ao sistema de aposentadoria, ao aumento da desigualdade e à falta de serviços públicos.

Ao menos 19 pessoas morreram em decorrência dos protestos e 6.000 pessoas foram detidas.