ELEIÇÕES EM SP

Polícia Federal investiga laudo médico falso divulgado por Pablo Marçal

Laudo visava associar outro candidato ao uso de drogas

A Polícia Federal (PF) abriu um inquérito para apurar a divulgação de um laudo médico falso publicado pelo candidato à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB). O documento forjado visava associar o também candidato Guilherme Boulos (PSOL) ao uso de drogas. Conforme O Globo, o caso está sob investigação, com a análise do laudo sendo conduzida por peritos federais.

Na última sexta-feira (4/10), Marçal postou em suas redes sociais um receituário médico falso, em que alegava que Boulos teria sido atendido em um surto psicótico, relacionado a um suposto uso de drogas. Nenhuma dessas informações foi comprovada.

Diante da falsidade do documento, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo ordenou, na manhã deste sábado (5/10), a remoção imediata de todos os conteúdos nas plataformas Instagram, TikTok e YouTube que faziam referência ao laudo médico divulgado por Marçal, em resposta a um pedido da campanha de Boulos.

A defesa de Boulos também apresentou uma notícia-crime ao TRE, solicitando a prisão de Marçal e outras medidas, como a apreensão de seus dispositivos eletrônicos e a quebra de seu sigilo telefônico. Em uma transmissão ao vivo, Boulos negou as alegações, destacando que o dono da clínica mencionada no laudo tem vínculos com Marçal e que o documento usava o CRM de um médico falecido há dois anos.

O juiz Rodrigo Marzola Colombini, do TRE-SP, ao avaliar o caso, considerou que “há plausibilidade nas alegações [da defesa de Boulos], envolvendo não apenas a falsidade do documento, a proximidade do dono da clínica em que gerado o documento com o requerido Pablo Marçal, documento médico assinado por profissional já falecido e a data em que divulgados tais fatos, justamente na antevéspera do feito”.