Embate

2° bloco do debate do Mais Goiás foca em trânsito, saúde e IPTU; candidatos respondem perguntas de eleitores

Havia expectativa que os seis candidatos filiados a partidos que possuem representação no Congresso Nacional estivessem presentes. Entretanto, o senador Vanderlan Cardoso (PSD) cancelou participação

No bloco das perguntas feitas por cidadãos, o comerciante Ednaldo Fernando perguntou o que a candidata Adriana Accorsi (PT) fará para melhorar o trânsito da cidade. “Precisamos investir em transporte público de qualidade que chegue a todos os bairros e faça as linhas e horários necessários, ampliando os corredores preferenciais para termos mais rapidez”, disse a petista no debate do Mais Goiás.

Havia expectativa que os seis candidatos filiados a partidos que possuem representação no Congresso Nacional estivessem presentes. Entretanto, o senador Vanderlan Cardoso (PSD), que havia confirmado a participação, acabou cancelando a presença, ainda na manhã desta quinta-feira (19).

Segundo ela, é preciso trabalhar de forma planejada, com base em estudos e com obras que precisam ser feitas. Ela também defendeu garantir a qualidade do asfalto e utilizar soluções tecnológicas, como semáforos inteligentes e a onda verde, por um trânsito mais rápido, digno e mais humano. “Goiânia tem um dos trânsitos mais violentos do Brasil”, afirmou a reforçar a necessidade de campanhas.

Ao comentar, o candidato Sandro Mabel (União Brasil) insistiu na proposta de utilização de corredores para motos juntos aos ônibus. “Vamos andar 30% mais rápidos”. Chamado a responder a pergunta da dona de casa Valdina Santos, que reclamou a situação “caótica” da rede municipal de saúde de Goiânia, o prefeito Rogério Cruz (Solidariedade) apontou resultados da gestão dele na área e prometeu construir um Hospital Municipal Psiquiátrico, se for reeleito.

“Eu sou o prefeito que recuperou 69 centros de saúde, com qualidade de serviço que queremos que seja de 1000%. Estamos fazendo chamamento de 116 médicos, para que atendam a população da melhor forma possível. Nós vamos fazer isso porque colocamos para funcionar bem a maternidade Célia Câmara”, afirmou Rogério.

Chamado a comentar a resposta do prefeito, Fred Rodrigues (PL) lembrou que um dos pontos mais críticos da gestão atual na Saúde foi a ordem da Justiça para que o secretário Wilson Pollara fosse afastado das suas funções. “Tem muita coisa a ser feita, e nós faremos com uma gestão técnica, pessoas capacitadas”, disse Fred.

Ainda no bloco com perguntas coletadas nas ruas de Goiânia, a atendente Fernanda Carvalho questionou o que os candidatos vão fazer para melhorar as condições para os professores que dão aula na rede pública municipal, sobretudo aqueles que dão aulas para crianças com necessidades especiais. Fred Rodrigues defendeu três pontos: “Valorização do profissional, qualidade do ensino e infraestrutura digna.”

Segundo ele, a “educação requer 25% de investimento. Aqui, até se investe em educação, mas não sobra para infraestrutura”. Ele afirmou, ainda, que assinou termo de compromisso para chamar o cadastro de reserva e fazer concurso. “Parar com as contratações temporárias.” Disse, também, que a cidade está nas últimas posições do ranking de educação mundial. “Não sei como ter coragem de comemorar o primeiro lugar do Ideb.”

Rogério Cruz (Solidariedade), ao comentar, comemorou que elevou a educação do nono lugar para o primeiro do Ideb.

Sorteado para responder a pergunta do funcionário público Fábio Santos sobre o IPTU, que ele considera muito alto, o candidato do PSDB a prefeito de Goiânia, Matheus Ribeiro, afirmou que o cálculo do imposto padece de “problema histórico”, até hoje não resolvido. Essa avaliação de Matheus foi referendada por Adriana Accorsi (PT), que foi a candidata escolhida para comentar.

“Para que consigamos avançar nisso, é preciso dar celeridade aos pedidos de revisão, que costumam ser sumariamente rejeitados sem uma análise justa e transparente. Além disso, vamos avançar com o IPTU Verde e o IPTU Social. O IPTU Verde será para queles que fizerem adequações sustentáveis em seus imóveis, e o IPTU Social será para pessoas que estiverem comprando seu primeiro imóvel, ou em situação de vulnerabilidade”, disse Matheus.

Adriana, depois de relatar testemunhos que ouviu de moradores na cidade, teve que ouvir de Matheus que o problema ficou ainda mais grave nas gestões do PT. “Eu lembro que minha primeira matéria na TV Anhanguera foi sobre IPTU, um problema histórico que o prefeito Paulo Garcia não conseguiu resolver”.